Samantha sempre quis experimentar o amor verdadeiro, encontrar um garoto no qual ela ame e que a ame também, aquele amor maravilhoso que se podia sair gritando pelo mundo que está apaixonada, que é a pessoa mais feliz do mundo e nada mudaria isso.
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•This Love- Camila Cabello•
Dias depois eu ainda não tinha tido nenhum sinal do Rafael, e nem eu havia dado nenhum sinal para ele. Naquela noite quando eu entrei, consegui ir até o quarto da Sarah enquanto ela tomava banho e peguei os cílios dela como tinha dito para ele que pegaria, fiz aquilo com dor no coração porque no fundo eu não queria que eles se acertassem, se terminassem de uma vez ia ser tudo mais fácil, ou pelo menos, menos difícil. Mandei uma mensagem para ele avisando que tinha pego, ele respondeu "ok" e isso foi tudo.
Eu não sabia se eles estavam bem, eu já não tinha muito diálogo com a minha irmã, ainda mais agora que estava evitando ela, então não tive notícias de nada. Só ficava trancada no meu quarto para não ir para qualquer outro cômodo que ela estivesse, eu não conseguia nem olhar para ela, não sei se era magoa por ela "ter" algo que eu queria muito, ou por peso na consciência.
Eu até me aproximei mais do Nicolas para tentar afastar esses pensamentos, mas era impossível, nada conseguia substituir o espaço enorme que o Rafael ocupava na minha mente. Era legal sair com ele, mas aquilo estava parecendo mais uma relação de amigos, ele não tinha tentado me beijar ainda, e eu não tinha certeza se queria que ele tentasse. Saímos duas vezes nesse tempo, e nas duas acabamos encontrando os amigos dele no fim da noite, o que não tinha sido tão ruim, eu até que me dava bem com as garotas pelo menos, e nesse momento estava tentando convencer a Raquel a ir em um luau em que eles me convidaram.
–Isso é coisa de gente drogada– ela falava do outro lado da linha.
–E desde quando você se importa com isso?– até onde eu sei ela nunca tinha usado nenhum tipo de droga, mas também não era politicamente correta. Estávamos conversando há mais de meia hora por telefone, e como eu estava sozinha em casa, comecei a zanzar pelo andar de cima todo, até parar na sacada do quarto dos meus pais onde dava para ver a rua da minha casa.
–Você disse que nem gosta deles, e vai ter mais gente ainda– me debrucei na balaustra, sentindo o vento da noite batendo nos meus cabelos.
–É bom para fazermos amizades– argumentei– vamos comigo, Quel! Ele falou para eu te levar– talvez porque eu falasse da Raquel o tempo todo porque quase tudo me lembrava ela, ele estava curioso para conhecê-la.
–Tá bom, mas só para te fazer companhia– eu sorri ao ouvir sua resposta. Faróis de carro iluminaram a rua, e quando foi parando devagar na frente da minha casa eu já sabia quem era– Cara, eu não estou preparada para voltar para a escola...
–O Rafael está aqui– eu a interrompi assustada.
–Será que ele está com a sua irmã?– eu acabei contando tudo para a Raquel, e dividia com ela o meu drama de não saber se estava tudo bem entre eles.
–Eu não sei, mas porque mais ele viria aqui?– ninguém saia do carro.
–Para ver você– ela disse como se fosse óbvio, quando a porta se abriu e eu o vi sair, não pude evitar o sorriso pelo sentimento de esperança de ter sido mesmo por mim. Ele deu a volta e abriu o porta malas, tirando duas sacolas grandes de lá.
