Samantha sempre quis experimentar o amor verdadeiro, encontrar um garoto no qual ela ame e que a ame também, aquele amor maravilhoso que se podia sair gritando pelo mundo que está apaixonada, que é a pessoa mais feliz do mundo e nada mudaria isso.
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Acordei com uma enorme claridade batendo no meu rosto, depois de ouvir as cortinas serem abertas brutalmente. Coloquei a mão no rosto para bloquear a luz, e abri os olhos devagar, me deparando com a Sarah parada em frente a minha cama, pensei que ela ia ficar o fim de semana na casa do namorado.
-O que foi?- perguntei com a voz rouca e baixa por conta do sono.
-Levanta, a gente vai almoçar fora- ela disse animada, peguei meu celular embaixo do travesseiro e eram 11h20.
-Naquele restaurante que a mãe gosta?- eu odiava aquele lugar, era muito sofistico e cheio de gente metida.
-A mamãe nem vai, você vai comigo, e o Rafael- eu sentei na cama e a olhei surpresa, a Sarah nunca saiu sozinha comigo por livre e espontânea vontade.
-Como assim?- perguntei confusa.
-Vamos em um pesqueiro- ela abriu a porta do meu guarda-roupa- vai sair para um lugar decente, com pessoas decentes pela a primeira vez- ela começou a jogar as minhas roupas no chão.
-Ei, o que você tá fazendo?- perguntei brava.
-Procurando algo para você vestir- desde quando ela achava que tinha esse direito?
-Esquece isso, eu não vou-não estava a fim de ser mais esculachada pela Sarah, quando não estávamos perto dos nossos pais, ela fazia isso ainda mais, e eu também não queria ficar de vela para ela com o namorado- agora fecha a cortina para eu voltar a dormir- me deitei na cama e cobri o rosto com o lençol. Segundos depois ele foi puxado, e parou no chão.
-Você vai sim, é sábado, vai ficar o dia inteiro dormindo?- ela não entendia que eu não tinha vida social, então esse era sim o meu plano para hoje.
-Eu não quero- tentei discordar e ela segurou na minha mão, a puxando.
-Vamos, Sam, vai ser legal- surpreendentemente ela não estava falando em um tom de voz autoritário, estava calma tentando me convencer. Nunca a tinha visto de tão bom humor comigo.
-Mas para que você quer que eu vá?
-Para a gente se aproximar um pouco, passar um tempo juntas- ela respondeu depois de pensar por alguns segundos. Ela estava louca.
-Você quer passar um tempo comigo?- perguntei debochada, não acreditando.
-Quero, nós somos irmãs, não inimigas, pelo contrário, temos que ser amigas- a olhei com as sobrancelhas erguidas, ainda desacreditada. Nunca pensei em ouvir isso dela- agora levanta, vamos procurar uma roupa- ela disse voltando ao guarda-roupa. Me levantei devagar, resolvi dar uma chance para o bom humor dela, eu e Sarah nunca tínhamos saído juntas, não sabia se isso nos aproximaria ou só iria piorar as coisas- olha, esse é bonito- ela disse levantando um vestido tubinho florido, eu não gostava dele, marcava muito a minha barriga.
-Não- rejeitei e ela jogou o vestido no chão- essa- ela mostrou um cropped ombro a ombro dourado.
-Eu uso esse para sair à noite- parecia meio extravagante. Ela o jogou no chão.
