Samantha sempre quis experimentar o amor verdadeiro, encontrar um garoto no qual ela ame e que a ame também, aquele amor maravilhoso que se podia sair gritando pelo mundo que está apaixonada, que é a pessoa mais feliz do mundo e nada mudaria isso.
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Por volta das 17h eu e Raquel estávamos cansadas de ficar na piscina, e conforme ficava mais tarde, o frio ia aparecendo, então depois de comermos e tomarmos banho, nós ligamos a TV do meu quarto, e ficamos deitadas na cama conversando.
-Ele é tão lindo, que eu até desacredito- ela disse me mostrando a foto do Augusto pela 5ª vez naquele dia. E não tinha nada de especial nele, era só o típico padrão hétero, branco, um pouco musculoso, com a barba preta cheia e perfeita, cabelo curto, e olhos castanhos. Ele nem precisava ter uma bandeira do Brasil na foto, para deduzir logo de cara em quem ele havia votado nas últimas eleições.
-Você é bonita também, não tem nada de estranho- Raquel sabia que tinha a capacidade e o nível de beleza "exigido" para ficar com o cara mais gato que ela encontrasse, mas ela sempre insistia nos feios, e achava estranho quando ficava com algum bonito de verdade.
-Ele não falou comigo hoje ainda- ela reclamou triste.
-Ele deve estar muito ocupado dando atenção para a mulher, e talvez filhos, dele- disse rude, e ela me olhou feio.
-Para com isso, ele me jurou que não tinha mulher, muito menos filhos- tão inocente.
-Pode até não ter, mas ele tem 30 anos, e fica correndo atrás de garotas de 17 anos para tirar a virgindade delas, está explícito na testa dele, que ele não presta- ela respirou fundo.
-Eu não acho que ele está apaixonado por mim, mas não é tão mal assim- ela voltou a pegar o celular- eu gosto dele.
-Então guarda esse sentimento para você, mesmo que até ele queira, vocês não vão poder ter alguma coisa séria.
-Quando eu fizer dezoito nós podemos- ela deu de ombros.
-Ah, é claro que ele iria esperar meses para isso- debochei.
-Se ele gostar de mim, ele espera- ela não enxergava que tinha sido só uma noite.
-Raquel, a primeira vez que você viu ele, já percebeu que o cara era um babaca, e além de tudo ele não dava a mínima para você- ela sempre estava falando mal dele, mas continuava mandando mensagens.
-Ele me pediu uma segunda chance para tentar de novo, ele pode ter mudado.
-Vai nessa- disse rindo.
-Ai Sam, não corta minha brisa- ela disse mais séria- se ele quer continuar ficando comigo ou não, a gente vai descobrir ainda, não adianta ficar tirando essas conclusões precipitadas.
-Tudo bem, só não fica triste quando ele simplesmente parar de te responder.
Ela mudou de assunto, e preferiu não falar mais sobre aquilo, ela não gostava de ser contrariada, e eu não concordava nem um pouco com esse "relacionamento". Nós ficamos assistindo filmes, até umas oito da noite, quando Raquel recebeu uma mensagem da mãe dela a mandando ir para casa.
