Capítulo 12

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POV OLIVER:

Depois de longas horas que mais pareciam dias, finalmente chegamos ao estabelecimento que seria o acampamento. Todos estavam animados, até mesmo Betânia que parecia estar bem melhor de suas dores.

Estacionei e a professora pulou do carro primeiro, indo ao encontro da diretora.

— Então, você vai terminar o que começou ou vai se esconder atrás da sua querida outra vez? – Sophia pergunta, ainda estamos dentro do carro e eu estava torcendo muito para ela não abrir a boca ou me confrontar, me deixando mais perdido do que eu já estava.

Eu precisava manter o controle e sabia que ela estava fazendo tudo aquilo porque queria me ver até o limite. Mas estava enganada, eu não iria ceder aos seus caprichos.

- Não sei do que está falando, senhorita Scott! Agora, se não se incomoda, precisamos ir pegar as malas e nos acomodarmos dentro do local. — Sai do carro sem me dar ao trabalho de ouvir sua resposta.

Abri o porta malas e peguei minha mala e a de Betânia, pelo menos tentei, pois elas estavam extremamente pesadas. Eu não sabia o que dava na cabeça dessas mulheres de carregar tanta coisa. Era uma simples viagem, não um evento de gala que iria durar uma semana.

Fechei o compartimento assim que Sophia pegou suas coisas, logo depois. Me dirigi a entrada do estabelecimento ainda sem olhar para seu rosto, que eu não duvidava que estivesse me queimando de ódio. Se ela queria brincar com fogo, eu iria mostrar como se faz.

— Querido, parece que não iremos ficar juntos. São poucos quartos e eu teria que dividir um com a professora Laura. Mas não se preocupe, eu iria lhe fazer uma visita sempre que der! — Ela revelou a última parte só para mim, me dando uma piscadela e saindo do meu campo de visão.

Suspirei fundo e segui junto com os demais alunos. O lugar era bastante aberto e grande, tinha campos por onde a sua vista alcançasse e a estrada não parecia de difícil acesso caso a pessoa precisasse sair por outro lugar que não fosse aquele que tinha chegado.

Ao fundo, se avistava uma grande construção. Mais parecia uma casa de fazenda com suas janelas e portas enormes pintadas de vermelho e marrom. Ao fundo, podia se avistar uma parte pequena, como se fosse um depósito só que um pouco maior e mais reservado.

— Vamos, entrem todos que irei fazer o pronunciamento! — Fernanda revela, quase a porta da grande estrutura. — Professores, podem colocar suas malas aqui, os ajudantes irão manusear elas para o seu devido compartimento.

Todos os alunos entraram eufóricos e os demais professores ajeitaram suas bagagens para se encaminharem ao interior da construção. Agora, já dentro do local, podia se observar acentos e mais a frente um pequeno palco, onde Fernanda se acomodou rapidamente.

Tudo dentro do local era grande e espaçoso. Tinha vários sofás distribuídos pelo espaço, alguns quadros com certificados, diplomas e fotos de família. No teto podia se observar um grande lustre que reluzia, mesmo ainda sendo horário da manhã.

Apesar da construção ser de madeira pela parte de dentro, parecia bem cuidada e emanava aconchego.

— Bom, agora que todos estão aqui, irei dar os devidos pronunciamentos. — Ela sorri e junta as mãos em frente ao corpo. — Vocês, alunos, devem estar se perguntando onde iremos montar o acampamento, já que nos encontramos aqui dentro e não do lado de fora, que é o mais apropriado. Bom, gostaria de dizer que o lugar onde todos irão se acomodar se encontra mais afastado daqui. — Fernanda falava e parecia tão radiante quanto o sol que brilhava lá fora.

Passei os olhos pela sala e acabei encontrando seus cabelos soltos e balançando com o vento que chegava da grande janela ali presente. Ela estava prestando atenção atentamente, enquanto sua amiga Judith estava do seu lado, anotando algumas coisas e parecendo alheia ao discurso da diretora.

{RETA FINAL} Aluna Nota A Onde histórias criam vida. Descubra agora