Capítulo 28

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POV SOPHIA:

Adentrei a casa de Oliver em seguida, sentindo meus sentidos um pouco alterados pela minha emoção. Parecia que eu ainda estava inerte sobre como e o que eu realmente falaria com ele ali, naquele momento.

— Sente-se, vou buscar algo para você beber! – Ele disse e eu apenas acenei em sua direção, tentando organizar meus pensamentos e emoções que estava mais bagunçadas que o meu cabelo, pela brusquidão de boas-vindas do professor.

Suspirei fundo quando ele retornou e rapidamente, bebi o líquido transparente dentro do copo, quase me engasgando no processo.

— Ei, o que..

Não deixei ele terminar a frase, simplesmente o beijei ali com todo fervor, paixão, arrepio e desejo que explodia nas células do meu corpo. O baque foi tão grande que o copo que eu tinha em mãos acabou caindo no chão e Oliver no braço do sofá, juntamente comigo por cima de seu corpo.

— Eu acho que..acho que gosto de você, não sei explicar essa necessidade, esse desejo, tudo bem que no começo parecia mais um tesão reprimido, só que, ele não passou e quanto mais eu queria você, mais essa sensação...esse incômodo crescia em mim e..e eu fiquei atordoada sem saber como fazer isso parar. É tudo tão novo e atípico, eu pensei que as coisas ficariam normais quando eu e você finalmente chegássemos a fazer..aquilo.. – Senti minhas bochechas corarem com violência ao pensar na nossa primeira vez juntos e aquele formigamento no meu ventre se fez presente, como se anseasse por Oliver novamente, preenchendo a minha parte mais necessitada. – Mas, a sensação ainda continuava lá, a falta de você mais forte e o medo também...eu não sei porque fiz aquilo, digo, ter o dispensado. Eu senti sua falta, mas não de forma sexual e quando você me visitou no hospital e me tocou, me fez ficar em alerta pelo que poderia acontecer, por pensar que dessa vez era você que estava brincando comigo, como se fosse me dar alguma lição de moral no fim daquilo tudo, daquele jogo que eu mesma criei e..me perdoe, eu não deveria ter pensado em te magoar, eu... — Não consegui terminar, o ar faltava nos meus pulmões a medida que eu confessava, mesmo que de maneira desenfreada, que estava apaixonada e queria pedir desculpas por ter agido igual uma criança no começo. As lágrimas desciam agora com força pelo meu rosto e acabei me dando conta de que, Oliver exugava cada uma delas.

Levantei o rosto em sua direção e seu olhar de compreensão e entendimento sobre o que eu desejava falar, estavam ali. Era como se, mesmo eu me atrapalhando com tudo, seja sentimentos ou palavras soltas, juntamente com meus pensamentos, Oliver compreendia e entendia o meu lado. Como se também estivesse no mesmo estado do meu. Como se também estivesse apaixonado.

Será se estava?

A dúvida me atingiu com força total e as lágrimas que antes estavam sendo contidas, aumentaram mais ainda e o controle que eu tinha sobre elas foi direto para o espaço. Agora, eu me encontrava soluçando e sendo posta sobre o colo de Oliver, escutando suas palavras que me pediam calma e sua mão passando levemente pelas minhas costas.

Demorou certo tempo, até eu me dar conta que o professor me beijava delicadamente na cabeça, e isso me confortou internamente, fazendo as batidas do meu coração se acalmarem e o ar preencher meus pulmões, trazendo a calma novamente ao meu corpo inteiro.

— Estou apaixonada por você, Oliver! – Falei de supetão, levantando a cabeça em sua direção e fitando o castanho claro dos seus olhos. – Nunca me senti assim, e isso é assustador! Me assusta tanto que eu pensei em correr, no minuto que me dei conta que já estava diante da sua porta para revelar isso e..- Não consegui terminar a frase, já que Oliver começou a rir descontroladamente, me fazendo ficar tensa e pensar que eu estava me humilhando igual uma palhaça na frente dele, sem saber se ele também estava sentindo o mesmo por mim.

{RETA FINAL} Aluna Nota A Onde histórias criam vida. Descubra agora