Capítulo 9

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Judith olhava de mim para Oliver com uma expressão de horror. A porta ainda estava aberta e sua mão repousava na maçaneta, já a outra, estava tampando sua boca. As maçãs do seu rosto estavam vermelhas e eu podia jurar que seu coração estava batendo tão rápido quanto o meu, pela surpresa e susto.

— Puta que pariu! — Oliver se afastou bruscamente de mim, quase me fazendo cair da mesa. Subindo agora as calças, junto com a cueca, ele não ousou olhar para mim. Parecia mais preocupado em se recompor e dar uma explicação devida para a empata foda a nossa frente. — Me desculpe, eu não deveria estar aqui e muito menos fazendo o que estava fazendo!

Ah, devia sim, ah se devia!

Tentei falar alguma coisa, mas o som da porta batendo contra a madeira, me fez saltar assustada e quase pisar em falso.

— Meu Deus, Sophia, ele estava abusando de você? Se for, eu vou correndo agora contar para a diretora Fernanda! — Judith falava rapidamente agora, indo ao meu encontro e pegando os lençóis caídos do chão perto de mim e me cobrindo com eles. — Você deveria se envergonhar por essas atitudes absurdas, Professor!

Oliver agora estava vestido, ou quase, se não fosse pela camiseta amarrotada e com alguns botões ainda abertos. Seus olhos me fitavam no segundo seguinte, e pareciam não demonstrar mais aquele prazer e luxúria de me ter em suas mãos. Agora, estavam indecifráveis e frios.

— Judith, não estava acontecendo nada, na verdade, não o que você está pensando! — Revelei e encarei agora a garota loira ao meu lado. — Oliver e eu só estávamos..

Não terminei a frase, pois no momento seguinte, o professor estava caminhando rapidamente em direção a porta do quarto e a batendo fortemente, saindo e não dirigindo a palavra nem a mim e nem a garota ao meu lado.

— O que foi que deu nele? Será se ele acha que você vai o dedurar para a diretora? — Perguntei, me dirigindo ainda a garota, que estava me encaminhando em direção a cama onde eu e Oliver estávamos quase cedendo ao desejo, se não fosse sua mudança de planos e seus braços que me carregaram ao encontro da mesa de estudos, desejando terminar o serviço ali.

— Quê? Você acha que eu não vou contar? Você ficou doida? Isso é contra o regulamento e se eu não contar, ele não irá ser penalizado devidamente! — Ela franzia a testa e me olhava como se eu fosse de outro planeta. — Por Deus, ele estava tentando transar com você, Sophia!

— E teria conseguido se você não tivesse interrompido, Judith! Porque não demorou mais um tempo antes de entrar aqui e acabar como meu quase sonho realizado? — Perguntei, mesmo sentindo um pouco de raiva, mas ao mesmo tempo achando graça da sua preocupação para com a minha pessoa.

— Se eu não tivesse entrado aqui, teria sido a diretora no meu lugar. Ela estava rodando pelos corredores, junto com o seu carrasco, eu acabei encontrando ela e relatei que você tinha o desejo de conversar sobre um acontecimento desagradável! — Judith alisava o cabelo agora e balançava a cabeça como se estivesse ainda discordando da minha postura minutos antes. — Ela pediu para eu te encontrar e te levar a sala dela.

Agora as coisas faziam mais sentindo, parecia que Deus realmente tinha enviado alguém a tempo, antes mesmo de eu acabar sendo expulsa ou Oliver fosse despedido por injusta causa, sobre algo que eu e ele queríamos tanto.

— Afinal, o que é que vocês dois tem? É algum tipo de relacionamento? Se ele estiver te chantageando ou te forçando, podemos falar isso ainda hoje na conversa com a Fernanda! — Agora ela estava em pé e colocava as mãos na cintura, me encarando.

Bufei e levantei da cama, indo em direção ao armário e pegando uma toalha. É verdade que hoje eu teria que falar sobre o ocorrido da noite anterior. Mas, eu não pensava que teria que ser tão cedo assim.

{RETA FINAL} Aluna Nota A Onde histórias criam vida. Descubra agora