Capítulo 30

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POV OLIVER:

— Queria pedir desculpas mais uma vez por ter tirado você do seu compromisso, Oliver, sei que não é sua obrigação me ajudar, mas eu realmente não tinha a quem recorrer! — Betânia falava sem parar, a medida que eu trocava a marcha do carro e seguia pelas ruas agora quase desertas.

A professora acabou me ligando e me tirando dos meus possíveis planos com Sophia naquela noite, já que ela estava aqui também na mesma cidade que eu por motivos pessoais, nas quais eu não me aprofundei muito.

Acabei deixando minha ex aluna no festival juntamente com sua amiga, enquanto fui atender a emergência da minha colega de trabalho e ex paquera. Isso pode ter parecido ou soado um pouco estranho, mas pelo desespero e choro com o qual Betânia falava sem parar do outro lado da linha, me parecia que algo tinha a acometido bruscamente.

Ao chegar no local que a professora me mandou as coordenadas e vê como ela estava vestida, tudo indicava que seus planos de divertimento tinham ido por água abaixo. Seu vestido rendado da cor cereja estava rasgado em um dos lados e seu rosto um pouco borrado da maquiagem, já nas mãos se encontravam suas sandálias de salto.

Ao ver aquela cena, imediatamente perguntei o que tinha acontecido e me prontifiquei a achar o filho da puta que mexeu com ela, mas, Betânia me relatou que ele havia fugido assim que ela começou a gritar por socorro dentro do bar, perto do banheiro feminino.

Eu não iria me sentir bem nem um pouco caso negasse ajuda a ela naquele estado. E mesmo que a professora tenha acabado com o meu encontro com Sophia, que mal tinha começado direito, ainda me surgiam ideias de como recompensar a garota que estava me deixando fora de órbita.

Sophia era encantadora e isso ficou mais visível ainda quando tentava se declarar para mim em minha casa. Meu peito inflou quando ela se atrapalhou com as palavras, tentando de algum jeito explicar a desordem que existia dentro dela.

Do mesmo modo que existia dentro de mim também.

Eu conhecia o sentimento, conhecia até mesmo os próprios sintomas e o fato de possuir Sophia, seja carnalmente ou sentimentalmente, fazia eu me sentir o filho da mãe mais sortudo desse mundo.

O que eu não daria para estar com ela agora, seja no restaurante onde estávamos conversando, na minha casa, no seu quarto as escondidas ou até mesmo no banco de trás desse carro.

Só por lembrar que a poucos minutos eu quase a tive novamente do jeito que eu queria e gostava, meu pau latejava por dentro da calça, pronto para me enterrar nela.

Suspirei e dobrei a rua, tentando observar a movimentação e chegar o mais rápido no lugar onde Betânia estava hospedada, já que ela não quis prestar queixa na delegacia. Acabei optando por respeitar sua decisão devido ao momento atual do seu nervosismo, mas eu ainda falaria com ela sobre isso quando fosse outro dia.

— Oliver? Desculpa se estou incomodando você com meu falatório, eu realmente estou muito sem graça por ter tirado você de casa uma hora dessas! — A professora tentava a todo custo se desculpar pela sua ação. Olhei em sua direção rapidamente e Suspirei.

— Não precisa se preocupar. Eu não estava em casa e sim resolvendo alguns negócios referente as minhas aulas! — Falei, no intuito de fazer ela parar de falar sobre o quanto estava arrependida de ter me tirado do meu encontro, para talvez assim, o foco da conversa não ser o que eu estava fazendo e com quem.

Avistei o sinal vermelho logo em seguida, parando no mesmo e sentindo a palma da mão de Betânia espalmada na minha coxa, por cima da roupa.

A sensação de incômodo subiu pela minha garganta e eu tive que respirar fundo para não ser rude e tirar as pressas o seu toque de mim. Eu podia entender o seu momento de fragilidade atual, por isso não queria ser de todo rude ao desfazer seu ato naquele momento.

{RETA FINAL} Aluna Nota A Onde histórias criam vida. Descubra agora