Bônus

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POV Judith:

Eu esperava durante vários minutos em pé, perto da grande construção, enquanto a diretora Fernanda dava um sermão bem dado no seu sobrinho querido.

A mulher estava uma pilha e o seu estado de aparência evidênciava bastante isso. As bochechas vermelhas e o cabelo um pouco bagunçado, eram sempre sequelas de como Flyn deixava o seu estado.

— Agora, precisamos ir até a casa do seu tio, porque infelizmente, se sua mãe lhe encontrar, terá um surto psicótico! — Fernanda sai em disparada em direção ao carro. As malas já estão guardadas e o motorista nos esperava.

Confesso que, eu não queria ir de jeito nenhum. As aulas de recuperação já estavam quase acabando e eu queria voltar para casa o quanto antes, só que, devido ao meu comprometimento com a diretora para organizar sua agenda e o fato de eu ser sua assistente pessoal, acabava me atrelando a ela e consequentemente aos seus afazeres. Eu só aceitei esse cargo, porque poderia ser bastante útil ter alguma referência da própria diretora de uma das melhores instituições desse país.

A parte boa, era que eu teria uma folga e poderia estudar para o vestibular e, se tudo desse certo, eu cursaria enfermagem e poderia sair da casa da minha mãe. Mesmo nós duas possuindo uma convivência razoável, eu tinha vontade de ser independente e conseguir realizar todos os meus sonhos, sem ter que dar satisfação para ninguém.

A parte ruim, era ter que ficar perto de Flyn e aguentar suas piadinhas. Sem falar que eu iria para a cidade onde Luiza morava e eu estava rezando para não topar com ela e acabarmos brigando, igual aconteceu da última vez por ligação.

Mas, eu ainda teria uma chance mínima de também rever Sophia e saber como ela estava. Afinal, ela foi mais cedo para casa, para se recuperar daquele grande susto.

Eu só estava achando bastante estranho o fato de Oliver não estar mais dando aulas e nem a professora Betânia.  Ela saiu mais cedo hoje, informando que precisaria visitar um ente querido que estava acamado e nas últimas, sendo assim, Fernanda liberou sua saída e os alunos que estavam tanto passados na matéria dela, quanto na de Oliver, foram dispensados de suas atividades.

— Sonhando acordada, docinho? — Flyn pergunta baixo ao meu lado, roçando sua perna na minha descaradamente, enquanto sua tia conversava com o motorista sobre a melhor estrada para se pegar e chegar a tempo no aeroporto.

Me afasto bruscamente dele e cruzo as pernas.

— O gato comeu a sua língua? — Ele pergunta, tentando me tirar do sério novamente. — Aposto que se você gostasse do que eu tenho entre as pernas, essa sua carinha de raiva iria se dissipar no minuto seguinte!

Bufo, dando uma risada baixa.

— E eu aposto que nem cócegas deve fazer! — Rebato e ele fecha a cara. — Aliás, deve ter sido por isso que Lilian terminou com você e agora está com o Eduardo. Ela finalmente percebeu o babacão que você é! — Ele fecha os punhos e se mantém calado, olhando para frente agora e respirando fundo. — O que foi? O gato comeu a sua língua? — Pergunto de maneira debochada. Flyn vira rapidamente em minha direção e antes que ele abra a boca para falar algo, sua tia anuncia que já chegamos ao destino.

Lhe lanço um sorriso e uma piscadela, fazendo ele sair bruscamente de dentro do carro, batendo a porta com força.

Lhe lanço um sorriso e uma piscadela, fazendo ele sair bruscamente de dentro do carro, batendo a porta com força

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{RETA FINAL} Aluna Nota A Onde histórias criam vida. Descubra agora