Capítulo 17

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POV SOPHIA:

Me entregar a Oliver foi uma das maiores loucuras da minha vida. Não pelo fato de ele ser meu professor, o que também é muito errado e sim porque eu havia gostado e muito. Mesmo sendo uma total loucura e ele ser uma autoridade, parecia que meu corpo e mente não sabiam ou aceitavam essa informação.

Eu me sentia perdida e parecia que cada vez que nos encontrávamos e eu sentia o calor subindo pelas minhas pernas, as minhas decisões sumiam e se tornavam turvas, como se fosse errado negar o desejo que eu sentia por ele.

Ter que acabar tudo, seja os joguinhos, provocações e indiretas, fez com que eu me sentisse triste lá no fundo da minha alma e eu não entendia o porque disso. Afinal, era só uma transa, um desejo que foi suprido e já deveria ter passado, igual quando comemos algo muito saboroso e o corpo se sente satisfeito.

Mas esse maldito traidor, parecia não querer cessar os desejos e eu me encontrava em uma corda bamba e fiz o que minha consciência gritava.

Me afastei dele antes que fosse tarde.

— Uma coisa que não entendi até agora é o porque de você começar com isso tudo, sendo que você acabou se apaixonando e agora está toda boba querendo se reconciliar com ele novamente! — Judith falava enquanto organizava algumas de suas roupas, me fazendo revirar os olhos pela sua insistência em continuar batendo naquela tecla de uma possível paixão que eu estaria sentido por Oliver.

— Você sabe muito bem que não é paixão e sim desejo. Se eu estivesse apaixonada por ele, eu saberia, afinal, ficaria nítido! — Revelo e levanto, ajudando ela a fechar sua mala.

— Acho que isso tá nítido até para os funcionários daqui, menos pra você essa sua cabeça dura! — Ela diz e se encosta na mesa de madeira. — Eu ainda sinto meu estômago revirar de tanta bebida desde a festa.

— Aliás, quando vamos falar da sua suposta traição para com a minha amiga? — A fito, esperando uma resposta decente. Judith tinha ido para a cama com outra pessoa, mas parecia que esse pequeno detalhe não era importante quando estávamos conversando sobre burradas da noite passada.

— Luiza soube escolher muito bem quando me dispensou por ligação. Foi bastante nítido o fato dela pegar tudo o que fizemos e sentimos, socar dentro de um buraco e ignorar como se não fosse nada! — Ela se senta agora e me fita. — Não tenho tempo para joguinhos, preciso de alguém que queira estar comigo e aprecie minha companhia, se ela não sabe escolher, então não é a pessoa certa para mim. — Ela finaliza e respira fundo, como se tudo que tivesse dito, doesse dentro dela.

Em parte eu a entendo, ela queria comprometimento e confiança, e pelo que ela havia me contado, Luiza não queria mais continuar porque se sentia sufocada e com o sentimento de agir errado em relação a sua religião.

Prometi a Judith que quando esse pequeno período de aulas acabasse aqui, eu iria conversar e muito com Luiza, mas parecia que ela não queria que eu intervisse, mesmo estando arrependida em parte por ter ido pra cama com outra pessoa.

— Enfim, não vamos falar de coisas tristes, vamos falar de você e da sua bela noite com o professor de línguas. Aliás, ele soube usar a dele bem? — Ela pergunta, me fazendo voltar a realidade e corar fortemente, por lembrar da noite em que tive com Oliver e de como gozei em sua boca desesperadamente.

— Mais do que você imagina, parecia o céu, como se fosse uma sensação que faz o corpo fluir e levitar. Nunca recebi nada assim na minha vida, Flyn não era do tipo que retribuía o que eu fazia com ele! — Suspirei. Eu realmente tinha feito uma escolha em relação a não querer mais nada com o professor, mas pensar na reação do meu corpo com os seus toques, me fazia querer correr ao seu encontro e implorar de joelhos para ter tudo novamente. — Não quero falar disso, já acabou e nesse momento, preciso priorizar minhas atividades aqui e a viagem para a casa dos meus pais logo, logo!

{RETA FINAL} Aluna Nota A Onde histórias criam vida. Descubra agora