Capítulo 19

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POV SOPHIA:

Era como se tivesse um peso enorme em cima do meu peito. A pressão era tanta que parecia que o oxigênio não conseguia fazer o caminho corretamente até meus pulmões de forma que eu pudesse liberar o ar, seja pelo nariz ou pela boca.

Senti toques suaves em meu braço vez ou outra e um aperto também, mas meus olhos estavam pesados demais para cumprir tal ação de se abrir.

— Não creio que isso seja o caso de informar aos pais. Já estamos com tudo sob controle e como eu lhe disse em relação a agenda da escola, vamos liberar os alunos em breve! — Uma voz familiar dizia, parecia distante e um pouco trêmula. — Fique com ela, preciso avisar ao padre que seu estado mudou e começar uma nova oração de agradecimento.

Escutei passos, mas eram tão mínimos que pareciam nem estar no mesmo ambiente que eu. Tentei mais uma vez mover minhas pálpebras, na intenção de fazer elas abrirem e me retirar da agonia da escuridão em que eu me encontrava agora, e depois de alguns segundos movimentando elas, consegui abrir uma fresta.

— Graças a Deus e nossa senhora! Você está bem? Está sentindo dor? Sophia, eu fiquei tão preocupada, você estava muito pálida e mal conseguia se mover, pensei que estivesse morta e..— Gemi em desconforto e também para avisar de alguma maneira que aquilo era muita informação para mim, com tão pouco tempo acordada.

Ela pareceu entender e acabou se calando, passando a mão levemente pelo meu busto e chegando até minhas mãos com aparelhos acoplados e uma agulha enfiada na minha veia.

— O que..aconteceu? — Perguntei, sentindo a vontade de dormir novamente me invadir e um gosto amargo na boca que parecia estar em todo canto dela. — A..água! — Pedi baixinho e Judith se apressou em trazer a grande jarra branca contendo o líquido e despejando em um copo presente ali.

— Você desmaiou depois de vomitar quase toda as suas tripas e acho que até seus órgãos, se não tivesse desmaiado em seguida! — Ela dizia isso enquanto me ajudava a beber o líquido gelado. Senti ele descendo pela minha garganta e um alívio se instalar por completo em seguir. — Todos ficamos preocupados, você foi levada por vários funcionários até a ala hospitalar. A nossa sorte é que aqui é tudo equipado com bastante requinte e o médico, junto com os funcionários cuidaram de você!

Aquelas informações faziam eu sentir um peso, o peso de incomodar e de chegar a essa situação para vê até que ponto meus sentimentos me levaram. Eu me sentia esgotada e tudo parecia estar indo contra a minha pessoa e claro, parte de culpa disso tudo que estava acontecendo era de Oliver.

Se ele não estivesse tentando me provocar e ficar em joguinhos que não agregam nada na minha vida e na dele, eu não estaria na situação atual e ainda por cima tão debilitada.

— Ele não parou de vim aqui, um só segundo! — Judith revelava, enquanto limpava minha boca em seguida. — Parecia que você era algum tipo de parente dele ou até mesmo alguém mais íntima. A diretora não estranhou, pois foi ele quem te socorreu primeiro do que os outros. — Franzi a testa e ela percebeu, ajeitando meu corpo melhor em cima da maca.

Suspirei e Judith sentou em uma cadeira perto de mim.

— Quando você desmaiou no próprio vômito e baba, Oliver não estava muito longe e acabou tirando você daquela poça nojenta! — Arregalei os olhos. Não, isso não podia ser! Seria muita humilhação para um dia só. — Ele tentou te reanimar, mas nada estava dando certo, até que fez uma massagem cardíaca e você começou a respirar novamente!

Parecia que eu estava inerte e podia observar toda a cena na minha frente, naquele instante. Mas, porque ele fez isso? Porque estava ligando para mim? Se importando? Sendo que ele mesmo foi um dos meus causadores do meu mal estar?

{RETA FINAL} Aluna Nota A Onde histórias criam vida. Descubra agora