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-Você gosta?--insistiu.

-Do que você está falando?

Ele continuou me encarando, seu olhar curioso procurando uma resposta.

-Não?--falei como se fosse óbvio.

Yeonjun coçou a cabeleira azul e deixou as mãos balançarem pelo ar quando olhou além de mim.

-Eu acho melhor eu ir logo para quadra--ele não me olhava.

-Mas...

-Tchau, Sorim--me olhou brevemente--se cuida.

Sorri meio atordoada e acompanhei ele com os olhos, me virando e vendo-o correndo para GaeYoon, que parecia brava.

Claro, Sorim. Eles tem algo e você não pode fazer nada.

Por que estou me preocupando com isso?

Segurei firme a alça da mochila e segui meu caminho para a casa. Ansiando para escrever aquela carta.

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Depois de mil tentativas de começar escrever aquela carta, eu consegui entregar minha alma à ela e finaliza-la.

Hoje acordei mais cedo do que o habitual e até passei um pouco de maquiagem no rosto.

Ia começar a acabar com o reinado de Leo. Pensar o quanto aquela noite foi perturbadora e aquele outro dia também...

Infelizmente aquilo irá perdurar em minha mente por um tempo. É uma batalha que eu terei que lutar sozinha.

Logo que cheguei na sala da diretora, a vi saindo, deixando a sala aberta sem ninguém lá dentro. Mas eu não poderia entrar alí naquele momento, o inspetor estava na porta.

Me aproximei.

Olhei no seu crachá.

-Senhor Byun--sorri simpática.

Ele me olhou sério, mas sua expressão mudou completamente.

-Yah, me chame de Baekhyun, mocinha--sorriu todo radiante--temos quase a mesma idade--piscou.

-Então...Baekhyun oppa--sorri--vi uns garotos meio suspeitos entrando no banheiro masculino--me aproximei para sussurrar--acho que iriam usar drogas.

Ele arregalou os olhos e eu me afastei.

-Ah esses pestinhas--puxou a blusa que estava por dentro da calça--vou acabar com a festa deles agora mesmo. Obrigado, Sorim.

É claro que era uma mentira.

Ele foi na direção oposta.

Uau, foi mais fácil do que eu imaginei.

Peguei o envelope e coloquei na mesa tumultuada de papéis. Suspirei pesado ao sair da sala depois de ter feito a minha missão.

-Yah Momo, o Yeonjun gosta de mim--GaeYoon não poupou suas palavras quando me viu entrar no banheiro--ele vai me pedir em namoro--me olhou de soslaio.

Lavei minhas mãos.

-Certeza?--a estrangeira, que estava recostada na pia, questionou enquanto serrava as unhas--e se ele não pedir?

GaeYoon riu e colocou o cabelo atrás da orelha.

-Amiga, nós temos laços--disse.

-Como assim?--a garota parecia mais perdida do que eu.

Azul de Pérsia [Choi Yeonjun]Onde histórias criam vida. Descubra agora