Oi, Lily

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Acima temos a Lily e obrigada pela ajuda de todos!!!
Boa leitura e me digam o que acharam do primeiro capítulo!!!
❤️❤️

*Uma semana antes da história do Andrew.*

Lily Ballard
Já estava há trinta e seis horas na emergência e nada parecia muito animado para roubar minha atenção.

Devia ser horrível eu estar desejando que pessoas tivessem em um estado ruim para que eu me divertisse, mas médicos eram assim mesmo que não admitissem.

Todos esses dias eu estava meio longe de todos da minha família, acho que não gostava muito de ficar próxima deles.

Não me leve a mal, eu amo minha família, meus pais e meus irmãos, mas eu não gostava de ficar sempre perto deles.

Também não tinha muitas amigas, e as únicas amigas que eu tinha eram companheiras de residência no hospital.

Eu passava meu tempo no hospital e quando não estava no hospital estava em festas ou estudando quando tinha prova.

-Dra.Ballard?- uma enfermeira chega na minha frente.- Tem um homem dizendo que você é médica dele.

-Eu?- pergunto pegando o prontuário.- O que ele tem?- falo esperançosa.

-Um corte na mão, parece profundo, mas não urgente.- ela sorri dando tapinhas nas minhas costas.- Você vai finalmente cuidar de alguém.

-Eu cuido das pessoas.- me defendo.- Só opto pelos mais graves...

-Ótimo.- ela aponta para a sala de exames particular.- Vá tratar ele, então.

Reviro os olhos e não dou a mínima para o prontuário, respiro fundo e começo a me aprontar da sala de exames.

Assim que abro a porta vejo alguém que não esperava, deve ser por isso que me chamou como médica.

Fecho a porta atrás de mim e ele me observa calmo, olho para o prontuário e me amaldiçoo, se tivesse visto antes eu podia ter chamado alguém para me substituir.

-Oi, Lily.- ele fala com a voz grave.

Deixo o prontuário em cima de uma mesa e começo a amarrar o cabelo em um rabo de cavalo, olho para o corte.

-Como fez isso?- pergunto puxando o banco de rodinhas e sentando na frente dele um pouco mais baixa.

-Eu estava fazendo o jantar.- ele explica.- Tentei abrir um pote e a faca escapou.

-Não parece grave.- falo enquanto coloco as luvas.- Eu vou limpar e dar antibiótico para não haver risco de infeções.

Ele assente e eu pego as coisas rapidamente, quanto mais cedo eu tratar ele mais cedo ele pode ir embora.

-Você não aparece a um tempo.- ele murmura.- Sua mãe...

-Minha mãe cortou sua mão só para vir falar comigo?- falo sarcástica.

-Não.- ele sorri e o observo antes de voltar a limpar.- Você anda afastada de todos, fui nos almoços e você nunca está lá...

-Eu ando ocupada.- me concentro.

-Seu pai disse que vocês brigaram.- ele tem aquele tom irritante de sabedoria.

-Ele não entende que eu sou ocupada.- me afasto da mão dele.- Tem alergia a algum remédio?

-Não.- ele me observa.

Pego o soro e adiciono os antibióticos, preparo o kit e logo estou na frente dele de novo, levanto sua manga e vejo as tatuagens.

A Segunda Filha - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora