Conversas

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Thomas Lincoln

Abro a porta do carro e caminho calmamente até onde os carros estão reunidos.

Gabriel está me esperando encostado em um dos carros, geralmente e ele quem cuida desses assuntos.

Depois de tudo se resolver em casa demos algumas horas para recuperar os nervos e então marquei com Gabriel aqui.

Vejo as outras pessoas e percebo que os outros dois caras também, são novos, parecem irmãos.

A diferença entre eles é apenas a altura, um é mais alto que outro, o resto... é praticamente igual.

-Já estava ficando impaciente.- o mais alto fala.

-Não reclama, garoto.- Gabriel parece irritado.

-Afinal, o que viemos fazer aqui?- o outro fala.

Olho para os carros de corrida deles, um vermelho bem chamativo e outro amarelo vivo com decorações pretas.

-Conhecem ela?- Gabriel da uma foto.

-Sim...- o mais baixo sorri.- Ela está todo sábado aqui.

-E o que acontece?- Gabriel pergunta e fico olhando envolta.- O que acontece quando ela vem?

-Ela ganha.- o mais alto explica.- Sempre ganha as corridas, é impressionante a habilidade que ela...- ele percebe que Gabriel está encarando ele.

-Que nome ela dá?- Gabriel guarda a foto.

-Chamamos ela de Hunter.- o mais alto explica distraído.- Ela falou o nome, mas só captamos o Hunt. E então ficou Hunter.

-Ela está envolvida com alguma coisa?- o outro pergunta curioso.- Roubo? Drogas?

-Preciso que façam algo para mim.- Gabriel olha para mim.

Afasto o blazer e pego um saquinho pequeno cor creme, dentro estão chips que podem ser usados para se comunicar com Gabriel.

-Por que faríamos qualquer coisa?- pergunta o maior.

-Por que eu estou mandando.- Gabriel mostra a arma na cintura.- Vão vigiar ela para mim, entendido?

-Podemos ao menos saber o que ela tem de tão importante?- vejo ele pegar o saquinho.

-Só fiquem de olho, qualquer coisa fora do normal, vocês vão me ligar de imediato, entendem?- Gabriel levanta as sobrancelhas.

-Sim, senhor.- os dois falam.

Sorrio quando eles percebem que já podem ir embora e correm para os carros, vejo eles partirem arrancando o motor.

Gabriel passa a mão pelos cabelos e eu cruzo meus braços sentando ao lado dele no capô do carro.

Já desconfiavam disso, eu, Judith e Gabriel, a máfia não estava envolvida com corridas ilegais de carro, não era o nosso assunto.

Mas dependendo das atitudes de Laura podia ser que fosse importante ter um conhecimento nessas coisas.

-Mandar ela para a Austrália foi só uma distração.- balança a cabeça.- Não sei o que fazer.

-Ela pode apenas gostar.- tento explicar.

-Ela pode gostar, mas é perigoso e não quero perder minha filha.- ele me observa.- Laura é inocente, mais que Andrew e Lily.

-Ou talvez seja por que você ainda veja ela como uma bebê.- dou a possibilidade.

-Só não estou pronto para largar a mão dela.- ele explica.- Não de Laura.

A Segunda Filha - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora