Mães

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Daniel Wilson

Tínhamos pedido para o motorista trazer tudo que um bebê recém nascido precisava, mas ele não tinha chegado até agora.

Lily tinha feito um tipo de berço com as almofadas no sofá, e estávamos encarando aquele ser minúsculo.

Ele estava bem quieto, Lily andava de um lado para o outro enquanto eu estava sentado no chão e não confiando naquele berço improvisado.

-O que vamos fazer?- ela pergunta.- Esse não era o plano.

-Ela precisa comer.- murmuro.

-Ela simplesmente deu a própria filha.- Lily me ignora.

-Precisamos de leite.- falo de novo.

-Nem mesmo piscou.- Lily balança a cabeça.- Como alguém pode dar o próprio bebê...

-Lily, ela precisa de leite.- eu me levanto e seguro os ombros dela.- Sabe como o leite é importante nas primeiras horas.

-Bem, eu não estou produzindo leite, e você?- ela levanta as sobrancelhas sarcástica.

-Posso ir no hospital pedir um pouco.- falo acariciando os braços dela.

-E me deixar sozinha?- ela parece em pânico.

-Você não está com medo de uma bebê, não é?- pergunto com um sorriso.

-Claro que não.- ela fica mais séria.- Mas eu...eu sou péssima com bebês.

-Não é verdade, você conseguiu acalmá-la.- explico.- Ela gostou de você.

-Que tal, eu vou pegar o leite e você fica aqui com ela.- Lily sorri.

-Não, já peguei as chaves.- falo indo até a porta.

-Daniel!- ela me chama.- Bebês não gostam de mim.- ela choraminga.

-Eu confio em você.- sorrio fechando a porta.

Vou até o outro carro e penso no que vamos fazer com aquela bebê, mas a única coisa que me vem em mente e ficar com ela.

Não podemos dar para a adoção, acho que Lily também pensa isso, então a única forma de ajudar essa criança, é cuidar dela.

Respiro fundo abrindo a porta e ligando o carro, nos primeiros dias leite materno é essencial, mas depois a fórmula vai ajudar também.

𖣔

Lily Ballard

-Eu não sei o que fazer com você.- falo sentada de frente para aquela bebê.- Você nem me entende, né?

Ela fica quietinha e eu passo a mão pelo rosto, por que eu estou falando com um bebê recém nascido?

-Sinto muito por sua mãe.- murmuro.- Ela foi horrível.- balanço a cabeça.- Meu pai foi criado por uma mãe que não queria ele, deve ser difícil.

Ela continua dormindo e eu comprimo os lábios, eu não sei o que fazer com um bebê, como eu converso com um bebê?

-Eu sou médica, então eu sei cuidar de bebês, mas é que os bebês não gostam de mim, entende?- pergunto e rio.- Claro que não me entende, você tem algumas horas de vida....

Ela parece tão sozinha, então eu respiro fundo e a pego nos braços, me ajeito perto do sofá e deito a cabeça dela no meu ombro.

Fecho meus olhos e começo a mexer meu corpo para acalmá-la, ainda não acreditava que ela tinha dado a própria filha.

-Daniel está trazendo comida.- murmuro.- Talvez você goste mais dele.

A Segunda Filha - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora