A Segunda Filha - Livro 4

Alaska

Lily Ballard

-Os casacos?- minha mãe vai perguntando.

-Pegamos um monte.- falo enquanto Daniel e meu pai levam as malas.

-E blusa de frio....

-Mãe, pegamos tudo.- sorrio.

-Andrew não atende.- Laura chega.

-Tudo bem, ligamos para sua avó.- minha mãe suspira.- Acho que seu pai quer ir com vocês.- ela sorri.

Olho para meu pai e vejo ele conversando com Daniel, sorrio percebendo que ele nunca gostou de ninguém.

Eu e Laura tivemos namorados, e eles sempre recebiam apenas ódio do meu pai, e ele e Daniel pareciam amigos.

Cruzo meus braços enquanto os dois falam sobre algo que deve estar gerando assunto demais, começo a ficar com ciúmes.

-Ok, tchau.- abraço minha mãe.

-Amo você.- ela sussurra beijando minha bochecha.- Tome cuidado.

-Ok.- sorrio me afastando.

Me aproximo de Laura e ela sorri fraco quando a abraço, afundo meu rosto em seus cabelos e fecho meus olhos.

-Qualquer coisa pode me ligar, eu volto o mais rápido possível.- sussurro.

-Aproveite, Lily.- ela acaricia minhas costas.

Me afasto e beijo a cabeça dela, então começo a ir até meu pai e Daniel, sorrio percebendo que meu pai está explicando algo.

-Vai roubar ele de mim?- pergunto abraçando Daniel de lado.

-Eu não...

-Ele nunca gostou de nenhum dos meus namorados.- falo para Daniel e meu pai revira os olhos.

-Não gosto de Daniel também.- ele se defende.

-Assim você magoa ele.- falo sorrindo.

-Me dê um abraço logo.- ele mexe a mão.

Sorrio abraçando meu pai e sentindo ele me apertar, sempre que viajava ele ficava assim.

Sabia que ele ainda me imaginava criança, mas mesmo assim sempre me deixava ir, por isso eu amava meu pai.

Me afasto apertando o ombro dele e começo a subir as escadinhas, olho para Laura e ela da um tchauzinho.

-Cuide dela por mim.- meu pai fala para Daniel.

-Pode deixar.- os dois se encaram.

Daniel começa a subir e eu sento em um dos assentos, tiro meu casaco para ficar mais confortável.

Assim que ele entra a aeromoça fecha a porta e vai avisar ao piloto, Daniel senta ao meu lado e começa a bater o pé no chão.

-Está ansioso?- pergunto calma.

-Só não sei o que vai acontecer nessa viagem.- ele fala tenso.- E se algo acontecer, seu pai me mata...

-Ok, vamos esquecer meu pai, tá?- o encaro.

-Está com ciúmes?- ele parece se divertir.

-Você é só meu.- me aproximo.

-Concordei com isso?- ele levanta as sobrancelhas.

-Não, eu concordei por você.- ela sussurra perto dos meus lábios.

-Ah, se foi assim...- ele segura meu queixo.

Sorrio sentindo minhas bochechas doerem e então capituro os lábios dele lentamente, o dedão dele acaricia minha bochecha.

Levo a mão até os cabelos dele e passo meus dedos, passo as unhas por sua nuca e me afasto o observando.