Depois

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Lily Ballard

Já vai fazer três dias que Laura não sai do quarto, ela não como nem dorme direito, só fica lá deitada.

Tentei fazer algo para ela comer, mas acabei queimando, então Daniel fez algo para ela comer e nem tocou na comida.

Por isso tive que chamá-lo, não sabia o que fazer, ele sempre sabia o que dizer para Laura, era a hora dele fazer isso.

Quando a campainha tocou Daniel olhou por cima do ombro e parou de mexer na massa que estava fazendo.

-Eu atendo.- desço do banco.

Sei que ele está me observando e preparado para sacar a arma, mas assim que abri a porta, Andrew está lá.

-Papai me contou.- Andrew começa a tirar o casaco.

-Ela não come, não dorme, só fica deitada na cama.- explico

-Ok, eu vou lá em cima.- ele começa a ir em direção as escadas.

Cruzo meus braços e observo ele ir, não sei nem como ela deve estar se sentindo, Adam era diferente dos outros.

Respiro fundo e começo a ir até Daniel, não sei por que, mas ele apenas virou meu porto seguro de um dia para o outro.

Quando vi Adam caído, quando aquele prédio explodiu....preciso passar mais tempo com Daniel, preciso dele.

Ele me observa já que não pode tocar por causa da farinha, então sorri fraco e eu tento falar...

-Você vai ficar, não?- pergunto e ele sorri.

-Se você quiser, sim.- ele assente.

-Só não morra.- murmuro.- Aqui é muito fácil de esquecer que está com uma arma apontada para sua cabeça.

-Não vou me esquecer.- ele continua me observando.

-O que?- pergunto não contendo o sorriso.

-Você é maravilhosa, sabia?- ele fala baixinho e sinto minhas bochechas queimarem.

-Fique parado e não me suje de farinha.- falo baixo.

Seguro o rosto de Daniel e ele sorri passando um dos braços sem encostar a mão em mim.

Nos aproximamos até eu estar com meus lábios contra os dele, me afasto e ele ainda está com os olhos fechados.

Me aproximo se novo e mordo os lábios dele, então pressiono meus lábios contra os lábios dele e abro passagem.

A língua de Daniel passa e isso nos faz dar um passo para trás, minhas mãos descem até as laterais dele e o puxo contra mim roçando minha língua na dele.

Afasto meu rosto mais uma vez e dou um selinho nos lábios dele, então devagar afasto meus lábios e meu corpo do dele.

-Agora continue fazendo a massa.- sorrio com vergonha.

-Você quem manda.- ele continua me observando.

-Daniel.- sorrio.

-Ok, ok.- ele recomeça a separar a massa.- Mas isso é trabalho escravo.

-Achei que eu já tinha lavado o trabalho.- falo me afastando.

-Pagou só uma parcela.- ele fala distraído.

Sorrio mas logo ouço o barulho no alto das escadas, Andrew parece frustrado e logo minha alegria vai para o fundo.

-E então?- pergunto.

-Ela precisa sair da cama.- ele começa a arregaçar as mangas.

-Eu já tentei.- balanço a cabeça.- Ela é bem forte, não consegui...

A Segunda Filha - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora