Capítulo 02

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BAILE BALÉ DE MASCARAS

Houve um baile de máscaras promovido pelos peaky blinders ou deveria dizer por ordem dos peaky blinders? O tempo todo as pessoas dizem "por ordem dos peaky blinders", a situação na escola está melhorando, estou conseguindo colocar meus alunos na linha, pelo menos uns dois. Tenho andado com pessoas como eu, apoiadores da minha causa e estou arrumando minha casa. Como presente de boas vindas Thomas me deu uma casa para morar, ele disse que é em nome da comunidade e pelo bem que estou fazendo as crianças.

___ Gostou da casa, Celine?

___ Thomas. ___ sorriu. ___ Sim, ela é aconchegante.

___ Soube que veio de uma família rica, aquilo não deve ser nada comparado ao que tinha antes.

___ Está enganado, eu não era tão rica assim. E a casa é ótima!

___ Vem de uma família que quase todos os homens são militares, as esposas tem empregos próprios, então você é bem sucedida. Aproposito, soube da sua amizade com o Freddie.

___ Ele é um bom homem, tem sido muito gentil... você vai ao baile de máscaras?

___ Sim. Eu promovi.

___ Claro, o Thomas Shelby está sempre a frente de tudo.

___ Fala como se isso te incomodasse.

___ De forma alguma, sr. Shelby.

___ Minha tia Polly está organizando, foi uma ideia minha para que as pessoas parem de nos ver apenas como gângster e comecem a nos ter devoção.

___ Uau. Vai alimentar os pobres também?

___ Você é muito atrevida! ___ ele me olha fixamente nos olhos.

___ De onde eu venho essa palavra não existe! Somos mulheres com voz!

___ Vá ao baile, vou esperar você, para facilitar vá de branco.

___ Quer que eu acompanhe você? ___ riu. ___ Ordem dos peaky blinders?

Ele me ignora e segui seu caminho no seu carro, que homem intimidador, eu se quer sei se tenho branco no meu armário. Meus alunos me olham boquiabertos, durante a aula um dos meus alunos pedi espaço para me fazer uma pergunta, ele me pergunta o seguinte.

___ Professora é verdade que você é amiga dos peaky blinders ?

___ Eu conheço o Arthur e o Thomas, por que?

___ Caramba, eu quero muito ser como eles, quero ser um peaky blinder, mas o Thomas diz que a gente nunca vai ser homem porque não vamos lutar na guerra.

___ O Thomas diz isso a vocês?

___ Ele disse com meu irmão mais velho e ele tem 18 anos! Você acha que eu vou pode ser um peaky blinder? Todos temem a ele, por que você não namora ele?

___ Olha só, ___ suspiro. ___ O Thomas deve ter lutado na guerra, um homem que vai a guerra volta com muitos problemas, ele é um sobrevivente, devemos admirar a coragem dele, mas não devemos ser como ele, devemos ser nos! Nos mesmos! Ao invés de ser um peaky blinder por que não um médico? Um professor? Um artista?

___ Não vamos conseguir, a gente precisaria estudar e não dá.

___ Tenho certeza que o Thomas preferiria que vocês estudassem ao invés de estarem se envolvendo em gangues.

Meus alunos parmanecem calados, daquele dia em diante eles passaram a me obedecer e respeitar com maior facilidade. Foi então que notei a influência enorme que Thomas Shelby tinha naquele lugar, até mesmo nas crianças. Após as aulas me dirigi até uma loja de vestido e comprei um vestido de cor branca como Thomas disse e uma máscara para acompanhar, em casa me arrumei e me preparei para o baile. Mais tarde naquela noite Thomas chega para me pegar, lembro-me de quando estava descendo as escadas da minha casa indo em direção a seu carro, ele estava de pé escorado do carro, fumando um cigarro, ele volta sua atenção toda para mim.

___ Você está belíssima. ___ ele joga seu cigarro fora.

___ Branco, ___ sorriu e tiro a máscara. ___ Como você disse.

___ Muito bem.

Ele toma minha mão, me direcionando até o banco do acompanhante e abrindo a porta para mim, ele me ajuda a entrar no carro e logo volta para o banco do motorista. Começa a dirigir para a festa, as ruas estavam calmas, nada de prostitutas e nada de bêbados, os bares também estava quietos, com pouca movimentação.

___ Convidou Birmingham inteira?

___ Não querida, só pedi para não fizessem o de sempre.

___ Meus alunos passaram a me respeitar desde que viram você conversando comigo.

___ Que bom.

___ Thomas, lutou na guerra?

___ Sim.

___ Meu deus... Você...

___ Chegamos.

Ele desce e logo vai abrir a porta para mim, ainda estava meio atordoada sobre Thomas ter lutado na guerra, ele entra comigo na festa. Todos param e nos olham, ele cumprimenta algumas pessoas e outras vem até ele para cumprimenta-lo. As pessoas perguntam quem sou eu, falam da minha aparência, perguntam da minha família, isso praticamente a noite inteira.

___ Vou deixar você um pouco só, espero que se divirta.

___ Thomas! ___ Seguro seu braço. ___ Eu não conheço ninguém aqui, eu vou ficar sozinha.

___ Imagina, a tia Polly cuida de você. Tem muitas pessoas aqui para conversar com você, as pessoas querem te conhecer.

___ Mas você volta para me levar em casa não é?

___ Claro que sim.

Seus lábios gelados tocam minha bochecha, sua mão fria e com calos tocam meu braço e com pouco tempo não o tenho mais perto de mim, suspiro angustiada por está desacompanhada. Polly, tia de Thomas vem até mim, ela pedi uma bebida no bar onde estava encostada, e senta, me olhando dos pés a cabeça, procura algo para iniciar uma conversa.

___ Gosta de whisky? ___ ela pergunta.

___ Sim. Você é a tia de Thomas? Um prazer conhece-la. Sou Celine... ___ ela me interrompi.

___ Eu sei quem é você, é a nova professora, a mulher que tem mexido com o Tommy.

___ Como assim?

___ O Tommy se importa com você, por quê eu não sei, mas se importa, se não jamais teria convidado você a vim, ele até lhe presenteou com uma casa.

___ E eu sou muito grata.

___ Você parece ser uma daquelas jovem iludidas por um sistema que nunca vai dá certo, vindo de família rica que nunca precisou sujar as mãos com carvão, nem com sangue. Não é apropriada para o Thomas.

Fico sem palavras, ela me rebaixou, me diminuiu pela minha classe social sem ao menos me conhecer, acho que não tem o que falar. Já tinha se passado uns 30 minutos desde a saída de Thomas até que ele volta, ele vem até mim depressa e pega uma bebida.

___ Tudo bem Thomas? ___ Polly pergunta.

___ Está tudo bem tia Polly, tratou Celine bem?

___ Tratei como ela merece ser tratada. ___ ela levanta e sai.

___ Thomas, está tudo bem mesmo?

___ Sim, você que ir?

___ Quero.

Ele vira o copo de bebida na boca, me toma pelo braço e caminha em direção a saída comigo, logo que entramos no carro ele me leva para casa, não quero contar sobre o capítulo com sua tia. Ao chegarmos convido ele para entrar, mas ele recusa, para nos despedimos ele beija ambos lados de meu rosto. Vou subindo as escadas para entrar em casa quando ele chama meu nome, viro de uma vez para olhar para ele.

___ Você sabe cantar?

___ Sei.

___ Quando eu estava na guerra vi quase todos meus companheiros morrer, eu costumava lembrar de uma música que minha mãe cantava pra mim na infância, isso me tranquilizava, a guerra foi muito difícil mais não voltei sequelado.

___ Que bom que você não teve sequelas, o meu ex noivo lutou na guerra, ele morreu. Meu primo teve transtorno psicológico e até hoje está internado em uma clínica psiquiátrica.

___ Sinto muito.

Ele dança sobre mim | Thomas Shelby Onde histórias criam vida. Descubra agora