Capítulo 13

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                        THOMAS

Desde que vi Thomas não consigo parar de pensar nisso e lembrar-me de tudo que aconteceu, tenho vários outros problemas para cuidar mais decidi tomar meu tempo logo com isso. A menos de um mês para o meu casamento e estou relembrando o que aconteceu dois anos atrás, preciso de ajuda de um terapeuta. Hoje vamos fazer algumas fotos e uma pintura de James e eu. Vou está usando um vestido enorme branco, pesado, exagerado. Uma das fotos do ensaio, teve outras poucas e a pintura que demorou horas aquilo já estava me incomodando, horas e horas sentada com aquele vestido enorme e o cabelo preso que chegava a doer a cabeça.

___ Terminamos. ___ diz o pintor.

___ Grata. ___ levanto.

___ Você não vai olhar? ___ James questiona.

___ Estou cansada James, quero tirar esse vestido, depois olho com calma.

Me retiro de lá segurando a barra do vestido que não me ajudava ao caminhar. Depois de me trocar, analiso a pintura, ficou boa, e por fim posso ir para casa descansar. Merecido já que passei um dia inteiro naquela exaustão, homens nunca vão entender o peso de ser uma mulher. Eu vejo que James se esforça para tentar fazer tudo correto e também para me deixar feliz, e eu não tenho sido nada gentil, por isso decidi convidar James a nos juntarmos em um leilão de caridade está noite. Uma amiga de infância me convidou, eu iria sozinha mais pela forma que estou tratando James prefiro levá-lo e me desculpar.

___ Está pronta? ___ pergunta James.

___ Sim.

___ Vamos então.

James me pega no meio do salão, ele está sorrindo, falando sobre algo que o deixou alegre, ele aponta para Arthur me contando algo.

___ O que? ___ pergunto.

___ Queria que você conhecesse esse homem, ele até lutou na guerra querida.

___ Arthur?

___ Conhece ele.

___ Vagamente.

___ Ótimo, vamos até lá, ele quer conhecê-la.

___ Na verdade não James, eu quero ir para casa.

___ O que está acontecendo Celine? Você tem me tratado mau nos últimos dias, não deu importância para nossas fotos muito menos para a nossa pintura, não foi mais na costureira para fazer os acabamentos do vestido. Você me chamou aqui e agora que ir embora? Nos acabamos de chegar!

___ Eu acho melhor você falar comigo com delicadeza, ___ respiro fundo. ___ eu estou me esforçando.

___ Tudo bem. Desculpe-me pelas palavras grosseiras, só quero que entenda que pra mim também é difícil.

___ Tudo bem. Vamos até lá.

Ele toma minha mão, caminha saindo do salão e indo em direção ao bar, onde Arthur está sentado tomando uma bebida. Thomas está ao seu lado, mas ele não faz questão de vira-se para conversar conosco até Artthur chamar ele atenção.

___ Qual nome da dama? ___ pergunta Arthur debochando.

___ Essa é a Celine, ela é minha noiva.

___ Meus parabéns. ___ diz Thomas. ___ É um sortudo, ela é muito bonita, tive o prazer de uma dança com ela, dança muito bem, sabe trabalhar bem com o corpo.

___ Thomas, ___ Arthur ri.

___ Perdão, eu não entendi o que você quis dizer?

___ Que ela sabe dançar, não é Celine?

O Thomas foi ousado na sua fala, ele queria isso, queria plantar a dúvida na cabeça de James, eu o conheço? não o conheço? Por que estava dançando com ele se não o conheço? Arthur bebi e ri. Thomas termina sua bebida e se retira. James me puxa pelo braço a caminho da saída. Ele me puxou com tanta força que machucou meu braço.

___ Me solta! ___ gritei.

___ Quem são aqueles homens? Quem são?

___ Thomas e Arthur Shelby. ___ me soltei dele. ___ Eu namorei o Thomas.

___ Claro... Evidente que tinha algo!

James não quis ouvir nada, ele saiu do local sozinho, deu partida em seu carro me deixando abandonada no local sozinha. Até que voltei para dentro do salão, peguei uma bebida bem forte, fiquei bom tempo no bar enchendo a cara e encarando Thomas do outro lado do salão.

___ Celine, ___ diz Dmitry se aproximando.
___ venha minha querida eu quero lhe apresentar alguém.

___ Dmitry,

Ele passa a mão pelas minhas costas e vai saindo, vou saindo com ele mais não deixo de evitar meu olhar para Thomas. Quando Thomas partiu me deixando no salão logo no começo da noite não pude evitar sentir todos aqueles sentimentos eufóricos, de pura adrenalina, eu me sentia viva só de vê-lo. Eu preciso conversar com Thomas, eu quero muito isso, talvez tenha sido uma boa mesmo James se mandar. Dmitry levou-me para uma roda de homens, muitas putas a volta deles, eram egocêntricos e eu conseguia ver pela forma que seguravam o copo e o que bebiam.

___ Essa é a nossa garota de ouro. ___ ele corre a mão pela minha nuca e beija meu rosto.

___ Faz parte da atração? ___ um dos homens pergunta.

___ De forma alguma, ___ Dmitry me puxa para mais perto dele. ___ Essa é a minha jóia rara, ela tem me ajudado nos meus passos, foi ela quem os sovieticos tentaram matar.

___ Perderam muito! ___ um homem mais velho presente ali na roda diz, sem parecer oferecido.

___ De fato, ela é muito inteligente, muito ativa, ___ beija meu rosto. ___ não é como as outras moças, então nada de gracinhas.

___ Obrigada Dmitry, obrigada senhores.

O intuito do Dmitry ali era me apresentar como uma galinha dos ovos de ouro dele, não quer me incomode de forma alguma ser chamada de inteligente e ter conscientemente que sou membro importante na máfia. Mas é visível que ambos não se gostam, às vezes desconfio que por medo de que os homens não o respeitem pela opção sexual de Dmitry, ele me usa como sua pretendente, como a mulher que ele despoja. Nunca me incomodei com toda essa atuação que ele faz as festas na frente dos grandes banqueiros. Mas hoje eu não estava tão bem a presença de Thomas Shelby. Então o meu subconsciente automaticamente recusou aquela situação, estava me sentindo irritada e constrangida de estar ali agarrada a um homem, sendo apresentada para outros grandes babacas.

___ Se os senhores me derem licença, irei pegar uma bebida e quem sabe irei dançar.

___ Claro. ___ Dmitry permite. ___ Precisa de algo, querida?

___ Não meu senhor, ___ sorriu. ___ faça companhia aos nossos convidados, irei beber um pouquinho.

Educadamente me retirei, segurei a barra do vestido com uma mão e com a outra tomei uma bebida de um garçom que estava passando, procurei Thomas a minha volta sem parar e o encontrei novamente no bar, felizmente ele não se retirou e ainda está a me aguardar, eu acho.

___ Tenho que ir Celine, ___ ele diz acendendo seu cigarro.

___ Mas já? Nos não conseguimos terminar nossa conversa.

___ Olha só, você não deveria estar aqui. ___ me encara. ___ aqui é a porra da marfia russa, vem embora comigo, eu posso te tirar daqui.

___ Você sabe o que eles fariam com você?

___ Sei. A menos que você queira, venha comigo! Quem matou seus pais está aqui nesse salão e você nem imagina.

___ Thomas, ___ sussurro ___ eu não posso.

Ele levanta, retira o cigarro da boca segurando entre seus dedos e beija minha cabeça, volta o cigarro para boca, me olhando nos olhos ele parti com Arthur em direção a saída.

Ele dança sobre mim | Thomas Shelby Onde histórias criam vida. Descubra agora