Capítulo 31

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AMEAÇA

A campanha política do Tommy não ia tão bem, seu discurso era em favor dos operários, mas infelizmente não estava conseguindo o apoio dos mesmo, pois ele teria negado o aumento de salário para as mulheres nas fábricas. Enquanto isso, a elite não concordava com as falas de Thomas já que o discurso não era favorável aos grandes burgueses. No meio desse caos que tem se instalado em nossas vidas me coloco de um lado tentando a todo custo ajudá-lo em sua campanha, cuidar da fundação, de Dominic e resolver assuntos pendentes. Estava na companhia com Tommy, ajudando-o ajudtando os novos salários, quando Jessie bateu na porta.

___ Entre. ___ disse Thomas.

___ Jessie. ___ olhei-a.

___ Celine. ___ ela se surpreende ao me ver.

___ Senta, ___ levantei para pegar uma bebida.___ aceita uma bebida?

___ Não obrigada. ___ ela encara Thomas. ___ Só vim avisar que não vou apoiar sua campanha, analisamos e vimos que você não é confiável.

___ Mas.. ___ Thomas me interrompe.

___ Só um momento Celine, ___ ele levanta. ___ isso está contraditório, estou lutando pelo direto de vocês, são vocês quem deveriam me apoiar, precisam de mim, estou representante o direito de vocês.

___ Não confiamos em você. ___ ela desvia o olhar.

___ Marque uma reunião, quero falar com eles, por favor.

___ Tentarei, mas não garanto nada, com licença.___ ela se retira.

___ Thomas. ___ voltei até ele. ___ Devia ter insistido mais!

___ Vou resolver isso, vou impressionar eles na reunião.

___ Isso se você conseguir está reunião, eu não confiaria muito, você tem que ganhar essa campanha Thomas.

___ E eu vou, ___ ele sorri de lado. ___ Sou Thomas Shelby.

___ Preciso ir. ___ beijei-o.

___ Onde você vai?

___ Para a fundação, preciso realmente ir.

___ Está bem, ___ beija-me. ___ amo você.

Retribui. Sorri e me retirei da companhia, indo em direção ao carro, depois seguindo para a fundação. Ao chegar tinha um repórter na porta esperando por mim, Cammy disse que ele queria muito me entrevistar, para postar uma matéria exclusiva sobre a fundação e sobre a família que construí com Thomas. Aceitei.

___ Sra. Celine Shelby, ___ ele inicia.

___ Celine Valente. ___ corrigi o coitado.

___ Oh, ___ ele envergonha-se. ___ perdão, achei que atendi pelo sobrenome Shelby.

___ Então, ___ ajustei-me na cadeira. ___ oficialmente Thomas e eu ainda não somos casados, então não posso atender pelo sobrebome Shelby, isso é um fato curioso, porém, nosso casamento já está marcado.

___ Fabuloso. ___ ele sorri e anota tudo que falei. ___ Então, de onde você diria que partiu a ideia da fundação?

___ A ideia foi única e exclusivamente de Thomas.

Nossa, ele fez perguntas, muitas perguntas mesmo, nenhuma que achei relevante, uma ou duas sobre a fundação, mas pouquíssimas, até que ele partiu para a segunda fase da entrevista, a família do senhor Thomas Shelby. Esses urubus estão o tempo todo em cima querendo algo muito bom da vida dos outros para publicar e ganhar fama.

___ Srta. Valente, poderíamos definir o Sr. Shelby como um pai e marido atencioso?

___ Sim. ___ sorri. ___ Thomas é um paizão para o Dom, está sempre presente na vida do nosso filho, como marido não há o que falar também, ele é muito presente.

Mais e mais perguntas sobre coisas desinteressantes, não sei bem se essa entrevista vai gerar uma matéria boa, no geral achei muito fraco seu porte, de qualquer forma, respondi todas as perguntas e me despedi dele com gentileza.

___ Celine! ___ ouvi a voz de Thomas.

___ O que aconteceu? ___ me dirigi até a porta e já o encontrei. ___ O que foi Thomas?

___ Cadê o Dom? Ele está com você?

___ Eu deixei o Dom com a Sofie, estava trabalhando, não passei em casa para buscá-lo.

___ Ele não tá lá, ___ Thomas corre a mão
por sua testa. ___ dei folga para a Sofie ao meio dia.

___ Calma, ___ tentei ficar calma. ___ ele pode está com a Ada ou com a Polly.

___ Celine, o Dom não pode sair daquela casa sem a minha ou a sua autorização, eu fui até lá e o menino não estava.

___ Encontro Sofie?

___ Não. ___ ele bate no armário do local.

___ Thomas, ___ começo a me preocupar.___ Onde tá o meu filho?

Arranquei minha bolsa do cabide da sala, com passos apressados me retirei do local junto com Thomas, entrando no carro e seguindo para casa. Estava começando a ficar desesperada, por quê diabos alguem faria mal ao meu bebê? Thomas parecia extremamente preocupado, ele dirigia de maneira feroz. Pulei do carro correndo para dentro de casa, aclamando pelo nome de Dominic. Me dirigi para a cozinha.

___ Algum de vocês viram meu filho?

___ Não senhora. ___ disseram os funcionários da cozinha.

Ninguém viu o meu filho! Como ninguém viu um bebezinho fofo daqueles? Onde diabos está a maldita da Sofie? Por que ela não está aqui com meu filho? Corri para o quintal procurando por ele, estava desesperada, só queria agarrar meu filho. Thomas pegou o carro e foi dá uma volta pelos fundos do quintal, que por sinal, era enorme, tinha muito espaço.

___ Eu vou matar aquela empregada maldita! ___ falei irritada.

___ Celine, ___ disse Charles. ___ Thomas achou o pequeno.

___ Ah! ___ abracei Charles. ___ Charles, onde estão? Onde eles estão?

___ Toma.

Ele me entregou um papel, era uma carta, mas estava amassada e suja de terra, porém, poderia ler facilmente a mesma. A letra eu não conhecia, mas não me era estranha. Comecei a ler:
  
        Celine

Uma pena não termos sido apresentados, meu irmão Dmitry falava muito bem de você, mas parece que você o traiu... o que você fez? Devo pedir perdão pelos meus métodos utilizados... para chamar a atenção de vocês, seu filho está bem, só o levei para dar uma volta.... Procure pelo jardim...

Era uma carta extensa, tinha muita baboseira, evitei ler a entrelinhas, apenas corri os olhos pelas informações mais primordiais. Que diabos esse filho da puta está tentando fazer? Ele vai vingar o irmão? Que merda é essa? Inspirei todo ar que pude, então virei-me para olhar e vim uma movimentação, não conseguia enxergar bem, mas logo vi que era Thomas carrendo o pequeno Dom nos braços. Corri, corri muito até chegar perto deles.

___ Thomas, ___ vi suas mãos sujas de sangue. ___ O que fez?

___ Matei alguns desgraçados. ___ ele beija minha cabeça. ___ Tudo pela minha família.

___ Vem aqui meu amor, ___ peguei-o. ___ tá tudo bem agora meu amor.

Ele tinha muita terra presa nos sapatos e sangue pelas mãos, roupa e um pouco nos rosto, Thomas executou o desgraçado que ameaçou nosso filho, mas algo cheira errado... Não lembro de Dmitry ter irmãos. Voltamos para casa. Thomas foi se lavar,  enquanto eu fiquei com Dom na sala, o pequeno não estava entendendo nada evidente. Enquanto brincava com Dom, tentando acalmar tanto ele quanto eu, pensei que aquela ameça poderia ser talvez, uma estratégia política dos concorrentes de Thomas e fiquei paranóica com aquilo.

Ele dança sobre mim | Thomas Shelby Onde histórias criam vida. Descubra agora