A escritora

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Capítulo 14

A escritora 

Tentar escrever um mundo
Que gira sobre a pluma 
Da tinta envelhecida 
Em um livro.
Vem e esconde secretos  desejos
Na ponta do tinteiro segredos.




Chamas crepitantes que eram quase  brasas iluminavam, o ambiente escuro. Sombra saltavam dançando conforme o vento soprava. O gotejar de inúmeras gotas de água contra o solo ecoavam junto, a forte chuva. Pequenas pedras rolaram pelo solo, das estalactites  um som agudo se formava com a força dos ventos.  O clima frio, o céu escuro criava certo desânimo, embora Asta tenha se levantando sentindo o corpo doer por ter passado a noite abrigado naquele local.

O rapaz se Hage se levantou e tão rápido bateu as mãos, por suas roupas fazendo uma fina camada de poeira cair. O mesmo olhou para Nero que ainda estava dormindo, sobre um tecido grosso, com a cabeça encostada em um  das bolsas. O vento frio soprou mais forte o fazendo sentir a pele, tremer.  O rapaz então esfregou os braços enquanto caminhou em direção a uma saída, uma leve correnteza de água invadia a saída, junto a poeira e terra,  embora por sorte a parte onde estava dormindo ficou longe das águas da chuva, que corria abrigo a dentro.

— Sete dias, e sem sinais de que vá parar.— O rapaz falou enquanto encarava a forte chuva que caía do lado de fora, pela pequena entrada em meio a grandes árvores e pedras, que separava o mesmo da chuva. Asta deu um olhar desanimado ao notar que o clima, não iria melhorar por um tempo.

— Mas um dia de viagem  debaixo de água,  amassando a lama.— Asta resmungou, enquanto se voltava para dentro, o ambiente escuro e abafado que o mantém longe da chuva. O mesmo se sentou perto do fogo enquanto sentia o calor do mesmo se apagado. O rapaz olhou ao lado antes de jogar alguns gravetos e um pouco de madeira as brasas, que voltaram a queimar em chamas, um pouco mais altas. 

Então o mesmo pegou uma chaleira onde,  a colocou sobre o fogo a alguns centímetros das chamas, junto a água e chá.  Estava frio e ele via a necessidade de algo quente para o esquentar. Enquanto a água fervia Asta se virou para suas roupas e de Nero, ao menos as que tinham colocado para secar quando chegaram, ao lado delas duas grandes capas de um tecido grosso também secavam.

— Estão secas, mas até quando vamos continuar tendo aturar esse chuva.— Asta reclamou, enquanto examinou as roupas. Após isso o garoto foi até as bolsas eles ainda tinham um pouco de comida, embora que acabando. O que fez ele suspirar de forma pesada, a viagem de algumas semanas até a capital acabou ficando mais longa.

— Além do mais graças a essa chuva, vamos chegar em cima da hora, sem tempo para descansar. — Asta reclamou novamente,  as rotas normais ou foram devastadas por enchentes, ou tiveram seu caminho desviado por algum perigo remetente a chuva, não que para ele fosse algo sério,  Nero não tinha tanta força física, quando o mesmo para ir por caminhos tão perigosos. O rapaz balançou a cabeça se livrando desses  pensamentos, eles agora estavam perto de  uma estrada que os levaria diretamente à Capital. Em vez disso Asta se focou em fazer algo para comerem antes de partirem.

— Vejo que cedo.… e ainda está chovendo. — Nero falou enquanto esfregando os olhos, se virou até o rapaz  que notou que realmente naquele dia ele acordou um pouco mais cedo, do que de costume.

—Secre… digo Nero não tive uma boa noite de sono, acabei matutando.— Asta falou para a garota, que agora o olhava de forma um pouco sonolenta, enquanto a mesma soltou um bocejo decreto, que foi escondido por sua mão.

— Tem algo haver com seu braço… as ataduras estão se soltando de novo.— A maga perguntou,  enquanto seus olhos caíram sobre o braço a qual o garoto negociou  com o demônio. Nero o olhou sem saber que tipo de maldição Asta sofreu durante da Dungeon para ter o braço transformando  daquela maneira. Aquilo era algo  em comum de ambos, marcas da maldição de um poder maior a qual eles não tinham total noção. 

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