III

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Papai segura meus ombros, analisando meu rosto com cuidado.

— Deveria sim — Falo limpando o rosto molhado — Foi a melhor coisa que aconteceu nos últimos cinco anos.

Ele aperta os lábios.

— Eu sei, querida — Papai volta para a sua cadeira — Você se tornou uma linda mulher, talentosa igual a sua mãe. — Ele sorri, mostrando as covinhas que fizeram mamãe se apaixonar. — Tenho muito orgulho de você, Charlotte.

Pisco várias vezes para não chorar.
Ele nunca disse aquelas palavras em voz alta, era importante demais ouvir de sua boca.

— Olha quem está aqui! Se não é a minha sobrinha favorita. — Tio Jak entra na sala, os braços abertos pedindo um abraço.

— Também senti saudades — Exclamo engolida por seus braços enormes. — Não deixe Liz ouvir isso.

Sorrio, dando um passo atrás.

— Uma pena Kate estar na Carolina do Norte, ela iria adorar ver você.

Kate, minha prima, a primeira neta dos Antonelli e o orgulho da família.

— Mickey já fez o pedido? — Questiono, os dois namoram desde a adolescência.

— Creio que fará na viagem. — Tio Jak coça a cabeça. — Ele esteve em missão nos últimos três anos, não queria arrastar Kate para essa vida.

Mickey é afilhado do meu "tio" Alexei Mackenzie, ele e Kate se conheceram quando tinham oito anos e nunca mais se largaram. Ele virou piloto da força aérea americana e ela, uma advogada criminal que tem fama de nunca desistir de um cliente.

— E Kenned? Como está? — Questiono sobre meu primo, o único menino da família.

— Bom, ele acabou de entrar para o time de basquete do colégio. — Explica, o orgulho estampado nos olhos castanhos.

— Jak? O que acha de reunir as garotas lá em casa? — Papai sugere.

— Claro. Ligarei para Diane a caminho de casa. — ela volta a me olhar. — É bom ter você em casa.

Dizendo isso, ele dá uma piscadela e se vai.

— Precisa de carona? — Papai questiona.

Balanço a cabeça.

— Estou com o Jeep. — Comento esperando a reação dele.

— Sua mãe sabe? — Apenas sorrio — Ah, droga. Vou ter que acalmar a fera.

Ele sorri.

— Tudo bem papai — Ando até a porta — Faz cinco anos que estou fora de casa, mamãe não vai ficar brava por muito tempo.

***

— Se tiver um arranhão que seja, vou matar você, Charlotte Madsen Antonelli! — Ouço o grito assim que desligo o motor do Jeep.

Saio do carro e entro em casa pela garagem, na sala, além da mamãe e Liz, estão, a tia Samantha e o tio Tyler.

— Tio Tyler! — Corro para abraçá-lo.

— Ei, vai com calma! Você não é mais aquela menininha magrelinha que cabia no meu colo. — diz, me segurando no ar.

— Não acredito que estão aqui. — Comento me afastando e ao então percebo que tem mais alguém ali. — Ayla? Aí meu Deus, como cresceu!

— Oi prima — ela vem me abraçar, muito tímida.

Meu celular começa a tocar, solto minha prima e peço licença para atender no meu quarto. Subo as escadas rapidamente e entro no quarto que não mudou nada em cinco anos.

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