XIII

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Oie, voltei.
Comentem para eu saber pq ué estão achando da história.





As palavras dele me paralisaram.

Não queria reviver aquela noite, não hoje, não quando estou prestes a realizar um dos maiores sonhos da minha vida.

— Connor... precisa ser hoje? Prometo que conversaremos amanhã.

Ele cruza os braços a frente do peito.

— Sim, Charlotte. Precisa ser hoje!

— Como passou pelos jornalistas? — Tento ganhar tempo.

Ele fecha a cara, entendendo minha jogada.

— Entrei pela cozinha.

Que idiota! Poderia ter feito isso ontem à noite.

Engulo em seco, apertando o roupão contra o corpo nu.

— Por favor — Suplico — Me dê essa noite, prometo que não fugirei amanhã. — Exclamo, mas ele parece irredutível — Meu vestido foi destruído e só faltam algumas horas para a estreia.

Connor arrisca um olhar para a peça rasgada, quando retorna a mim, parece preocupado.

— Você está bem? Fizeram algo com você? — Ele se aproxima para me examinar, mas para no meio do caminho.

— Estou bem, não se preocupe.

— Charlotte, só quero uma resposta. — Seus olhos estão cravados em mim, esperando — Eu tenho esse direito, droga!

Encolho os ombros, sabendo que não tinha saída, a hora da verdade chegou.

— Eu.. não sei. — Exclamo confusa — Não planejei aquilo e quando acordei ... estava apavorada.

Ele arregala os olhos.

— Apavorada? Machuquei você?

Fecho os olhos, balançando a cabeça em negativa.

— Você foi perfeito. — Admito — Mas eu precisava viajar e não sabia como dizer adeus.

— Meu Deus Charlotte! Eu liguei várias vezes, mandei inúmeras mensagens e não recebi uma resposta se quer. Durante meses me culpei por aquela noite.

Faço menção de tocar ele, mas recolho a mão.

— Não Connor, não se culpe — Tento achar as palavras certas — Não consegui encarar você, não depois de tudo que fiz.

Ele se aproxima.

— O que você fez? — Pergunta docemente.

Levanto os olhos encontrando os dele.

— Eu queria provar para você — Connor toca minha mão, uma onda de energia percorre meu corpo — Que não era sua irmãzinha, não queria que me visse como uma criança.

Connor me solta e se afasta.

— Foi tudo um jogo? Você dormiu comigo para provar que podia me seduzir? Que espécie de pessoa você é, Charlotte?! — Ele não grita, mas preferia que tivesse feito.

— Não foi assim! — Protesto quase chorando.

— Como sou idiota! Passei meses me sentindo um lixo, só conseguia pensar que fui o seu primeiro. Inferno! Achei que tinha feito algo errado, que fui bruto demais e que por isso não queria mais me ver! Tem noção do que fez?!

Connor grita e eu estremeço.

A porta se abre devagar e Alexia entra, em suas mãos, está uma capa preta. Meu vestido.

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