| Em Andamento| Para Sempre Amor |Série Amor Eterno |Livro 4

XIX

Charlotte

Tudo estava confuso e deprimente, mas assim que Connor entrou no quarto improvisado, eu soube que ficaria bem. Ele não estava com raiva pelo que aconteceu, mas sim, por mantê-lo afastado nesse momento.

Connor secou minhas lágrimas e garantiu que ficaria até eu estar andando novamente. Bom, não posso estragar sua vida, preciso me dedicar.

Eu amo ele, talvez desde a maternidade, não sei exatamente quando o sentimento foi aflorando, só sei que dói pensar que estraguei isso.

Alexia também veio, isso me deixou tão mal. Ela é minha melhor amiga, escondi o que aconteceu porque não tinha coragem de admitir em voz alta. Dormi com o irmão dela, fui embora sem explicação e voltei como se nada houvesse acontecido. Para a Charlotte de quinze anos, não era algo grave, mas para a Charlie de hoje... foi vergonhoso.

Owen veio de Nova York para me visitar, o clima entre ele e Alexia era puro romance, o que me deixou muito feliz. Eles são fofos juntos. Passamos três dias juntos, foi incrível, enlouquecemos meus pais com tanta bagunça. Mas, Owen precisou voltar para Nova York e Alexia foi junto.

— Pelo amor de Deus! — a porta foi escancarada, Connor entrou no quarto irritado — Chega de piedade Charlotte! Você vai se arrumar e tomar o café da manhã na mesa, com seus pais!

Ignorei sua voz, cobrindo a cabeça com o cobertor. Sim, faz uma semana que estou fugindo da fisioterapia e não me orgulho disso, mas não tenho a mínima vontade de fracassar nisso também!

Meus contratos foram todos suspensos, ao que parece, alguém contou para um jornalista sobre minha condição atual. E como previ, estou sendo tratada como a invalida, a coitadinha.

— Vai embora Connor! Volta para Nova York e me deixa em paz!

Em um segundo, as cobertas foram arrancadas de mim, Connor me pegou no colo e me levou pra fora do quarto.

— O que está fazendo?! — gritei assustada.

Ele ignorou minha pergunta, continuo caminhando despreocupado até a cozinha, onde meus pais o encaram, boquiabertos.

— Bom dia, Charlotte queria tomar café com vocês — ele diz, docemente puxando uma cadeira para mim.

Meus pais agem naturalmente, ignorando o fato de que estou de pijama e descabelada. Liz entra na cozinha, percebo que ela vai fazer uma piadinha sobre meu estado, mas desiste ao olhar para Connor.

— Bom dia família — exclama animada, sentando na cadeira a frente da minha — Que dia lindo.

— Bom dia querida — mamãe sorri iluminando o ambiente — Posso saber o motivo dessa alegria toda?

Eu sabia o motivo.

Meus pais chamaram o tio Danni para me avaliar, depois de dispensar três fisioterapeutas, ele é a luz no fim do túnel. Daniel Marshall, neurocirurgião reconhecido, tem o poder de me fazer obedecer. Apenas com poucas palavras, ele consegue o impossível.

Tio Danni tem um filho chamado Carter, que o acompanha nas consultas, ele e minha irmã são amigos.

— Nada não, apenas acordei feliz — Desconversa mordendo uma torrada.

— Char, você precisa levar a fisioterapia a sério — papai diz, tentando me convencer — Os primeiros meses são os mais importantes.

Connor me encara.