XVII

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Connor

Charlotte me afastou de todas as maneiras possíveis, apesar de tudo que aconteceu, não estou pronto para deixá-la partir. Não sem lutar pela nossa amizade!

Charlie está em um momento ruim, precisa de ajuda para lembrar onde é o seu lugar.

— Querido? Você precisa se afastar. — Mamãe diz.

Encaro meu pai e Alexia, estamos na sala da casa deles.

— Não posso! — Falo baixinho — Ela é minha melhor amiga, não posso simplesmente, me afastar.

Alexia limpa a garganta.

— Ela é mais que isso, Connor! Por que não admite logo?

Papai se mete.

— Alexia! Não é hora para isso.

Minha irmã fecha a cara e se enterra no sofá.

— Entendo você querer ajudá-la, mas a Charlie quer ficar sozinha agora. É um mundo novo para ela, será difícil voltar a andar. — Mamãe continua — Dê espaço, apenas por algum tempo.

— Olívia? Connor tem direito a tentar, você lembra quando foi a nossa vez? Se eu não tivesse ido atrás de você... eles não teriam nascido. — Papai aponta.

Mamãe sorri, docemente.

— Bom, mas você precisou me deixar ir, para entender que realmente queria aquilo.

Fecho os olhos, confuso.

— Já contei como conheci a mãe de vocês? — Papai questiona.

Alexia balança a cabeça.

— Mamãe era estagiária do vovô, não é isso? — Ele sorri, lembrando de algo.

— Na verdade, nos conhecemos antes disso. — Encaro mamãe, que cobre a boca escondendo um sorriso — A primeira vez que eu vi Olívia, senti uma paz inexplicável, ela estava tão linda naquele vestido e parecia tão arrasada. Não me orgulho da cantada que usei, mas também não merecia ter levado um soco.

Abro a boca chocado.

— Mamãe! — Alexia exclama, descrente.

— Em minha defesa, tinha acabado de pegar meu namorado com outra e seu pai apareceu com aquela cantada barata. O sorriso mais lindo que eu já tinha visto, acho que me apaixonei ali. — O olhar deles se prende, cheio de amor e carinho — Apenas reagi, não me orgulho disso.

Papai vai até mamãe e a abraça.

— Agradeço todos os dias por aquele soco.

— Por que? — Alexia pergunta.

— Seu pai passou dois anos com raiva — Mamãe esclarece — Quando a oportunidade surgiu, ele descontou os cachorros sobre mim.

— Que vingativo — Aponto sorrindo.

— Ei! — Papai protesta — Ela fez da minha vida um inferno! Não conseguia parar de pensar nela, a cada minuto do meu dia, até que sua mãe apareceu bêbada na porta da minha casa.

Olho para minha irmã, que gargalha.

— Que safada.

— Ele me levou a loucura. — Mamãe diz, beijando os lábios do papai.

Aquele amor tão puro, eles são meu exemplo de casal perfeito.

— Então... — Questiono indeciso.

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