XVI

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Charlie

Cinco dias, esse foi o tempo que fiquei no hospital, deitada naquela cama observando o teto branco.

Quando abri os olhos, sabia que algo estava errado, eu sentia isso no meu corpo e no olhar das pessoas a minha volta. Só não esperava que fosse isso.

Meus pais estavam ao meu lado, quando os médicos explicaram que a queda provocou uma luxação na minha coluna e eu teria que fazer fisioterapia. Poderia voltar a andar dentro de um mês ou dentro de anos.

Querida? Você está bem? Mamãe faz força para não chorar. Podemos fazer alguma coisa?

Aperto os olhos, ignorando a vontade de chorar.

Meu pai estava quieto demais, apenas observando a situação. Eu sabia, pelo seu olhar duro, que Reyna não iria tão longe e que ele não descansará até encontrar ela. Segundo as notícias, ninguém sabe meu real estado de saúde.

Liz não parava de chorar, precisou ser amparada pela minha prima, Kate, que acabou de ser pedida em casamento e nem pode comemorar direito.

Não quero receber visitas Falo baixinho Principalmente, do Connor.

Eles assentem, sem fazer perguntas.

Em meus devaneios, Connor estava lá quando desmaiei, a expressão amedrontada no rosto bonito.

Tanto ele, quanto Alexia estão bravos comigo, não queria eles ali apenas por conta do acidente. Não queria piedade.

Tudo bem, amor Papai se aproxima da cama Faremos isso.

Mamãe abraça papai, sinto a dor nos olhos dela .

Quando poderei ir para casa? Eles me encaram, confusos Para Malibu, quero dizer.

Papai sorri, ele nunca quis que eu fosse para Seattle.

Amanhã, você terá alta e então, faremos a transferência para Los Angelis. Informa.

Por favor, ninguém pode saber sobre a minha condição. Peço tristemente Ninguém!

Manteremos segredo. ele garante, alívio toma conta de mim.

Assim que todos saem, começo a ler as mensagens de carinho e notícias sobre o acidente. Apesar daquilo, a estreia foi um sucesso, o filme está entre os tópicos mais comentados. O que rendeu outras oportunidades de trabalho, além de voltar para Seattle ou ficar em Nova York, o que não era mais opção.

Não poderia trabalhar ali, sabendo que Alexia me odeia e que Connor se casará dentro de dois meses. Não existia nada que me prendesse naquela cidade.

Ele ficou aqui, todos os dias Kate diz Connor. Mickey teve que arrasta-lo para fora do hospital.

Encaro minha prima, os olhos cheios de lágrimas, estamos sozinhas.

Kate... não posso mais manter ele na minha vida. Aperto os olhos com força Connor está noivo, preciso seguir em frente e esquecer o que sinto.

Ela suspira, irritada.

Sinto vontade de bater em vocês! ela me faz rir, Kate nunca economizou nas palavras Charlie, você ama ele e ele ama você.

Não deixo as palavras dela me atingirem.

Ele ama Jenni, eles vão se casar e não posso atrapalhar isso! Não posso pedir para que abandone tudo por mim, principalmente, agora...

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