Capítulo 13. Vendo com os olhos do Espírito

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Aqueles que são moradas do Espírito Santo, (1Co 6:19) vêem o que os outros não vêem, pois vêem com olhos espirituais.

Quando cheguei a Petrolina, vi algo estranho, uma cidade, que apesar de ensolarada, parecia sem luz. Com o tempo, conhecendo as igrejas e ouvindo as histórias da pastora, compreendi que havia atuação demoníaca naquela cidade. Não eram demônios pequenos, mas sim um plano elaborado para destruir as igrejas. Onde íamos, inclusive em uma igrejinha que a pastora tinha entregue na mão de um pastor para cuidar, estava fechada. O pastor havia dispensado as ovelhas, que se espalharam e foi difícil traze-las de volta, e também vendeu todos os móveis e utensílios que pertenciam aos fiéis.
Em outra igreja, um outro pastor se infiltrou no meio dos irmãos, foi conquistando espaço, formando opiniões e causou o caos, dividiu os membros, saiu levando consigo muitos membros e valores móveis e imóveis.
Assim foi por várias igrejas, comentário de pastores dissolutos, ladrões, amantes de si mesmos,
(Ez.34:8), que apascentavam a si mesmos, ou seja, cuidavam de si mesmos e não das ovelhas de sua responsabilidade e ainda roubavam as ovelhas de outros. Pensam que Deus não está vendo.(Ez.34:10).
Orei perguntando a Deus o que estava acontecendo, pois o povo parecia não ver, os pastores não conversavam entre si, com vergonha do que haviam passado, por sua falta de visão e comunhão com Deus, pois aquele que tem comunhão, é avisado pelo Espírito Santo, das investidas do maligno.(Gn. 18:7) Assim como Deus avisou a Abrão que destruiria as cidades de Sodoma e Gomorra, por causa de seus pecados, Deus avisa os seus filhos das investidas de Satanás
(Am. 3:11).
Mas aqueles pastores estavam cegos e eu não compreendia que ataque era esse e como combate-lo.

Estavamos no carro, a pastora me levando para a casa onde estava ficando ( a casa alugada pelo meu filho na fé e sua esposa que ficaram em minha casa e me cederam a deles), parou o carro para cumprimentar um rapaz de bicicleta. Ele tinha aparência de indiano, bem moreno, cabelo escuro e ondulado, vestia calça e camisa social e calçava chinelo de borracha. Enquanto conversavam pela janela do carro, eu olhava o movimento em volta do carro e questionava, ainda, ao Espírito, o que acontecia nas igrejas daquela cidade. Quando parecia que íamos embora, aquele rapaz, deu a volta no carro e me falou: - Deus manda te dizer que são os Amalequitas, a luta é contra os Amalequitas.

Deus fala, se você não ouve, Ele envia o que ouve pra te falar.

Estudei, na Bíblia, tudo que falava sobre os Amalequitas e descobri que era um povo que odiava o povo de Deus, chegavam, atacavam traiçoeiramente, sempre pegando os mais fracos, roubando e levando mulheres e crianças consigo. Chegaram a lutar por gerações, quando Deus levantou Gideão para combate-los.

Sabendo disso, comecei a informar em todas as igrejas em que me davam oportunidade para pregar ou dar uma saudação, sobre o plano maligno que estava destruindo as igrejas naquele lugar e pedia para entrarem em batalha espiritual, em oração.

Paralela a essa situação, começamos a recuperar a igreja que a pastora deixou na mão do pastor. Abrimos as portas, a loja foi pintada, compramos cadeiras ( com as ofertas que recebi em minha despedida, após o culto), também foi posto um novo filtro elétrico e uma mesa servindo de púlpito, tínhamos um culto e um estudo por semana e aos poucos a igreja foi se erguendo e aqueles que chegavam ou eram novos na igreja, já iam aprendendo sobre Deus e a igreja.

Estando, ainda neste tempo, conversando com três mulheres de Deus na lanchonete de uma delas, veio sobre mim o Espírito Santo e falou fortemente ao meu coração, - reúna essas mulheres num grupo de sete e clamem a Deus, a batalha é renhida e precisam lutar.-
Quando falei a elas, nenhuma duvidou, elas também sentiram a presença do Espírito Santo. Fomos para a casa da dona da lanchonete que era mais próxima, lá se reuniram conosco mais duas mulheres de oração, incluímos a secretária da casa em que estávamos, fomos a um quarto nos fundo e começamos a orar e só paramos quanto sentimos vontade de sair do quarto. Fomos para a varanda e lá, olhando pro céu, vimos nuvens negra e baixas, começamos uma batalha espiritual, usando as armas que Deus nos dá.(Ef.6:10).
Conforme fomos batalhando em oração, as nuvens sumiram, bem diante de nossos olhos, o perigo se foi.

Efésios 6:12 (JFA) Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.

A partir desse dia, senti a cidade mais clara, mais limpa espiritualmente e ouvi relatos do agir de Deus pondo ordem nas igrejas.

Mas a obra de Deus nunca acaba...

Mergulhando Em Águas Profundas - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora