The little boy with a scar

Feelings

Oi Oi! Estou muito feliz com vocês comentando e mais gente votando por aqui. Espero que estejam gostando de ler assim como estou amando escrever. Bom, quero deixar claro que nesse capítulo o Harry terá um sonho relacionado a amamentação. Podem pular a parte em negrito se não se sentirem confortáveis para ler. Mas, se decidirem por ler tudo, espero que tenham respeito por ele e por mim, sem comentarios maldosos ou criticando esse desejo dele, e algo que acho meio impossível de acontecer mas importante deixar claro: não existe NADA de sexual nesse sonho dele. Absolutamente nada, até por que, seria doentio demais, então acredito que vocês também não maliciariam algo tão sutil e sensível. Estamos combinados? Boa leitura 💕
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Ele havia ouvido certo? Mesmo? Potter, o menino-que-sobreviveu, salvador do mundo bruxo, tinha pesadelos e chupava o dedo como um bebê? Parecia uma grande piada de mau gosto. Mas pelo visto, não era. Ao contrário do que se esperava, Draco não sentiu a ligeira vontade de espalhar pelos sete cantos de Hogwarts, nem ao menos contar aos amigos sonserinos. Ele estava mais...curioso, de certa forma. Se perguntando por que, de tantas reações á traumas, Potter teria justamente aquela. Ele nunca parecia tão indefeso e sensível quanto naquele momento, chorando e soluçando enquanto respondia todas as possíveis perguntas sobre sua infância. Ele sentiu uma pontada de culpa no peito, por zoar tanto a vida de Potter. Ele não imaginava que o castanho havia sofrido tantos abusos. Ao contrário, imaginava que tinha tido uma infância repleta de mimos por ser o famoso Harry Potter.

Por que alguém no mundo trataria tão mal O Escolhido? Era isso que se perguntava enquanto ouvia cada trauma e abuso relatado alí. Sabia que estava errado em bisbilhotar, mas não podia conter a curiosidade, pelo menos agora sabia não ser algum "plano maléfico contra sangues-puro". Mas ainda estava desconfiado. Correu dalí para sua sala comunal, já que eram por volta das 17 e suas aulas haviam se encerrado, por medo de ser pego por Potter ou até mesmo por Madame Pomfrey.

Por outro lado, Harry saía daquela sala extremamente cabisbaixo, as bochechas escarlate de vergonha e o cenho franzido em dúvida. Seus olhos inchados pelo choro, seu peito, por vezes, dava leves solavancos pelos soluços anteriores. Se perguntando sobre a conversa com a enfermeira. Ele tinha a mesmíssima vontade de chorar, a garganta angustiada, apertada e uma sensação esquisita no estômago. Não tinha apetite, mesmo que não comesse á horas, apenas vontade de ficar sozinho em meio as cobertas quentinhas. Tinha outros desejos mas esses não seriam resolvidos. O colo que ele precisava, o carinho, a sensação de estar sendo protegido e amado era algo que ele não tinha e nem poderia ter. Com esse pensamento, uma lágrima desceu pela bochecha rosada, limpou rapidamente com a manga do manto e correu para sua comunal, sem sequer olhar para trás.

Ao contrário da comunal fria e úmida que ele imaginava, a sala estava morna, o cheiro suave de brasa e canela no ambiente, a lareira iluminava o local, com o crepitar baixo das chamas. Estava praticamente vazia, se não fosse por seus dois melhores amigos sentados em frente ao fogo. Hermione resmungava algo para Rony enquanto lia seu livro, e ele parecia reclamar de algum dever, aula ou professor, coisa que ele fazia muito seguidamente. Os olhos castanhos e os cabelos armados da menina se viraram para ele quando ouviu os passos leves perto de sí.

-Harry! Como está se sentindo?

-Eu...eu estou bem...acho que vou dormir.

-Cara, o jantar é daqui a duas horas e você não come nada desde o café.

-Não quero nada, Rony. Só quero ficar quieto.

Os dois amigos se entreolharam preocupados, oh Deus, como Harry odiava aquele olhar. Mas sabia que seus amigos apenas se preocupavam com sí, não era motivo para grosseria com ambos. Ainda sim, afetado, os olhos do garoto se encheram de grossas lágrimas, mas ele as segurou corajosamente. É claro que isso passou despercebido por Ron, mas não por Hermione.