CAPÍTULO 03: escondido nas sombras

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Ainda confusa e aflita para saber o que tinha acontecido, fui direto para o meu quarto me trocar novamente. Já são 22h00mim está muito tarde e isso ainda me deixa preocupada,pois eu posso estar me colocando em uma encrenca.

Ao vestir a mesma roupa com que tinha ido ao manicômio, porque não dava tempo de escolher outra,dirigi-me até a porta de saída trancando a mesma,indo até o meu carro e dirigindo o mais rápido que posso para a Casa Woman.

[...]

Ao faltar poucos quilômetros para que eu chegue ao meu destino,pude ouvir um barulho de sirene. Ah, não, não pode ser o que eu estou pensando.

Aumentei a velocidade com que meu carro corria sobre o asfalto até conseguir ver a frente do manicômio.

Pressentindo o pior,estacionei o veículo,logo saindo do mesmo o trancando e corri em direção a porta principal.abri a mesma,logo paralisando no lugar, horrorizada com o que estava a minha frente.

Corpos de vários guardas e alguns enfermeiros,espatifados pelo chão, cobertos de sangue com suas gargantas abertas. Fechei os olhos e respirei fundo, contando até dez e andei pelo corredor,para encontrar algum sinal de Diogo e pedir explicações. Acho que nunca vou esquecer essa cena.

Andava pelos corredores escuros do lugar, perdida tentando encontrar alguém com quem pudesse me comunicar, até levar um susto ao escutar o som do toque do meu celular. Com as mãos trêmulas, antendi sem nem ao menos ver quem era.

- Alô?

- Stella,aonde você está? _ Era Diogo na outra linha.

- Eu estou aqui no manicômio. Um pouco perdida.

- venha para o quarto 118.
- E novamente desligou o telefone na minha cara. Suspirei e, hesitante,fui a direção que ele tinha falado.

O quarto 118 era exatamente o reservado a Lessa, o que me deixa mais preocupada pensando no pior. Tentei lembrar a direção correta,subi algumas escada ainda com medo de que algo aconteça ou que eu caia da escada por um descuido,mas para minha alegria,cheguei ao andar e franzi meu cenho. Havia bombeiros, paramédicos e policiais na porta que dava ao quarto de Gabriel e a mesma estava aberta. Antes de começar a andar em direção a eles,eu olhei tinham marcas de mãos com sangue. Engoli em seco e encontrei com os olhos,meu chefe que conversava com um policial e quando me viu,veio em minha direção.

- Stella,que bom que você finalmente chegou. Precisamos de você. -ele disse,puxando-me em direção a confusão.

- Diogo, você pode me dizer o que exatamente aconteceu? Porque eu acabei de presenciar uma cena horrível.

- Gabriel fugiu.

Essas duas única palavras fizeram o meu estômago embrulhar, fazendo-me ficar tonta e enjoada. Sem dizer nada,corri em direção ao quarto. Empurrando alguns paramédicos e bombeiros que conversavam,logo pedindo desculpas e entrei aí local, vendo alguns homens tirando fotos.

Gabriel realmente não estava aqui. Coloquei as duas mãos no rosto e suspirei frustada. Ele é capaz de qualquer coisa,agora que está solto.

- Lessa foi esperto. _ levei um susto ao ouvir a voz de Diogo atrás de mim.

- Como ele conseguiu? Está internado neste lugar há seis anos e nunca fugiu. Porque agora?

- Nós também nos perguntamos isso. Até agora queremos achar a resposta de como ele conseguiu abrir a porta e matar todos os cinco seguranças que faziam a sua vigia.

Arregalei os olhos pela nova revelação.

- Ele matou todos os cinco seguranças que ficavam aqui? - sim faz pouco tempo que eu frequentava o lugar,mas eu já estava começando a me acostumar com todos daqui.

- Sim,mas isso não foi tudo. Conseguiu se livrar também da camisa de força. _ Diogo disse também frustado.

- E agora?

- Vamos tentar encontrá-lo a trazê-lo para cá novamente.

- E você acha que vai resolver? Se ele conseguiu fugir uma vez, Gabriel pode muito bem fazer de novo. _ eu disse desesperada para encontrar alguma solução.

- Vamos reforça o sistema de segurança para que isso não ocorra novamente.

- Mas e enquanto aos outros? - referi-me aos assassinos que também "moravam" aqui.

- Não sabem de nada,por enquanto somente seu paciente conseguiu escapar. Ele agiu silenciosamente.

- Ninguém viu o Lessa matar aquelas pessoas? _ perguntei totalmente indignada.

- Não. - Diogo me respondeu. _ Stella, desculpe-me se eu fiz você entrar nessa,mas agora não dá para volta atrás.

- O que você quer dizer com isso?

- Eu quero dizer que...
- Suspirou antes de continuar. - bom, conversei com todos que estão presentes nesse momento e nós queremos que você nos ajude a encontrá-lo. - arregalei os olhos,e vendo o espanto expresso em meu rosto, continuou. _ sei que é pedir demais,mas nós realmente não sabemos por onde começar e... você podia ter algum palpite de onde ele pode ter ido, já que passou bastante tempo com Lessa, durante esses dois dias.

Inspirei e expirei profundamente, pensado na resposta que eu diria. Depois de alguns instantes em silêncio,eu finalmente respondi:

- Eu aceito ajudar vocês.

[..]

Pronta para dormir,eu deitei em minha cama e respirei profundamente. Esse novo trabalho está exigindo muito de mim, mas de certa forma eu não me importo. O que prende minha atenção é que eu realmente estava preocupada com Gabriel. Onde será que ele está?

Fechei meus olhos,mas logo abrir ao escutar um barulho na sala de estar. Levantei apressadamente e corri até lá. Novamente tudo quieto.

Com toda paciência do mundo,continuei no mesmo lugar até escutar o barulho de uma pedra batendo na janela ao meu lado. Fui até lá e abrir. Somente a escuridão me acompanhava. Inclinei meu corpo e vi uma sombra diferente das outras. Uma pessoa estava a minha frente, escondida na escuridão. Tentei identificar quem era e arregalei os olhos assustada,ao perceber de quem se tratava.

- Gabriel? O q-que você está fazendo aqui?como me encontrou? E porque fugiu da Casa Woman? _ disparei as perguntas,com a cabeça explodindo de dor e a preocupação e medo expressos em meu rosto.

E foi quando ele se aproximou de mim e sorriu que eu me lembre de nossa última conversa.

" Ah vamos. Não é como se eu fosse conseguir sair daqui e te seguir até sua casa para então te matar enquanto dorme".

Dei um passo para trás, tentando pensar em alguma coisa que não seja em todas as possibilidades que ele tem para me machucar.

- Você vai me matar, Gabriel? _ ele não me respondeu. - DROGA,ME RESPONDE!! - exigi,mas ele continuava me encarando, sorrindo. _ eu vou ligar para Diogo e dizer que você está em minha casa. - ameacei a andar até o meu celular para pegar o mesmo,mas Lessa foi mais esperto e segurou meu braço,quase juntando nossos corpos. A janela ainda impedia.

- Não vou te matar Stella. E mesmo que você conseguisse ligar para esse idiota, eu já estaria bem longe. - fechei meus olhos quando ele começou a sussurrar em meu ouvido. _ eu vou embora agora,mas não se preocupe. Estarei por perto.

Ao não sentir mais pressão que sua mão exercia em meu braço, eu abri meus olhos,mas não vi nenhum sinal dele. Suspirei e mexi em meus cabelos, tentando processar o que tinha acabado de acontecer.








Psiquiatra De Um Assassino - Fluxo Bak  ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora