Ao acorda no dia seguinte, uma vontade imensa de sair e ir a algum lugar me despertou. Estava animada demais, acho que dormir depois do dia anterior me fez bem. Carolina viria hoje e iria embora depois de amanhã, passando aproximadamente dois dias aqui e eu queria aproveitar esse tempo com minha amiga. Em relação ao Gabriel, eu não quero pensar nele nesses dias. Esquece-lo talvez seja o melhor a se fazer agora. Levantei da cama e fui diretamente ao guarda roupa me troca, colocando uma roupa apropriada para sair. Compraria algumas coisas, salgadinhos, pepsi,doces,pipocas e alguns filmes de terror e suspense para que eu e Carol possamos assistir no final do dia.
Sai de casa depois de pronta e fui diretamente para meu carro, entrando no mesmo e logo em seguida fui aos lugares em que precisava.
Já com tudo comprado, decidi dar uma volta pelo bairro onde estava. Então estacione numa rua segura meu veículo, trancando o mesmo. Passear pelo lugar me fez lembrar a época em que eu era criança. Tive uma infância normal como todos as pessoas, mas com uma coisa exclusiva minha: sempre ajudei ou tentava ajudar todos com seus problemas sejam eles pessoas ou até mais complicados como o trabalho. Rir, lembrando-me do dia em que vi um casal brigando e entrei no meio da conversa tentando resolver a discussão. Ambos não me deram atenção naquele momento. Afinal o que uma criança pode fazer? Mas acabou que, com o passar do tempo, fui crescendo e aprimorando meus conceitos. Como nunca desisti, hoje graças aos meus esforços, tornei-me uma psiquiatra que neste momento não consegue ajudar completamente um homem que sem minha permissão, mexe com minha cabeça.
Despertei-me de meus pensamentos ao escutar alguém me chamar.
- Senhorita? - uma mulher havia me parado, erguendo em minha direção um folheto.
Virei-me para ela e arregalei os olhos. Era a Michele, mãe de Gabriel.
- P-pois não? - fraquejei a voz, mas parece que ela não percebeu, pois continuava com a mão erguida em minha direção.
- Meu marido e eu abrimos esses dias uma livraria no centro e gostaríamos muito que você fosse dar um olhada. - sorriu gentilmente. Com a mão trêmula,peguei o papel e olhei. Lessa's livrarias.
- Seu Marido é o Fernando ?
- Sim, querida você o conhece ? - Ela me perguntou dessa vez com o semblante, talvez preocupado, e eu neguei rapidamente.
- Não, quer dizer eu só ouvir fala do nome, mas...- pronto Stella você já fez a merda, agora resolva. - Eu tenho que ir, tchau. - E praticamente sai correndo.
Parabéns,agora olha o que você fez. Eu devia ter ficado mais tempo lá e não ter corrido desesperadamente dali. Talvez tentar arrancar alguma coisa dela, uma informação sobre o passado de Gabriel ou algo do tipo. Mas pensando bem, talvez não seja uma boa ideia. Seria estranho, uma pessoa que ela nunca viu,sair fazendo muitas perguntas a ela. Sim,com certeza seria estranho.
- Ei, menina. - Assustei-me ao vê-la na minha frente com a respiração descompassada. Ela me seguiu? - Porque saiu correndo? Está tudo bem?
- Ah-h sim, está tudo bem porque?
- Olha eu só quero dizer que se você está assim por saber o que aconteceu comigo, meu marido e filho eu...
- Filho? Você fala do Gabriel? - interrompi, perguntando-a.
- S-sim...Gabriel... - Ela sussurrou, abaixando o olhar e, depois de um tempo, voltou a me encarar. - Então você sabe, não é? Nunca soube por que ele tentou fazer aquilo. A única solução que Fernando encontrou foi interná-lo na Casa Woman. - Riu sem humor. Reprimi a vontade de pergunta-la o que foi que aconteceu e dizer que eu era a psiquiatra de seu filho.
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Psiquiatra De Um Assassino - Fluxo Bak ( Concluído )
RomansaStella Campbell é uma psiquiatra de 23 anos que batalha pelo bem estar mental de seus clientes e das pessoas que a envolvem. Quem a conhece bem, vê que ela não faz o tipo de desistir fácil. Em um dia comum de trabalho, Stella é mandada para o mani...