CAPÍTULO 09: partindo corações

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Cheguei em casa desanimada, sem ânimo para sequer fazer um simples ato, como deitar em minha cama. A dor que preencheu minha cabeça aumentou consideravelmente no instante que comecei a caminhada de volta. Fui pega de surpresa ao escutar meu celular tocar, avisando que uma mensagem havia acabado de chegar e sorri ao ver as fotos que Nathalie tinha me mandado. Realmente estavam lindas.
Resolvi me banhar logo após tomar remédio para dor de cabeça para amenizá-la. Ao invés de entrar no Box do banheiro, fui diretamente à minha banheira depois de estar totalmente despida de minhas roupas. Sentei confortavelmente e me encostei a ela. Fechei os olhos e afundei totalmente a cabeça na água que batia em meus ombros. Lembranças que, mais uma vez, não me recordava atingiram-me, sem permissão.

"- Stella, deixa eu te ajudar, você vai cair - Estávamos em um rio onde ele tinha me trago para passarmos mais tempo juntos e eu tentava a todo custo me equilibrar no tronco caído. Eu devia ter quinze anos, pois conseguia ver claramente que já possuía um corpo mais desenvolvido e era mais madura do que no meu sonho da noite passada.

- Não seu chato, eu consigo sozinha. Olha só. - Tirei um pé do tronco, tomando cuidado para não cair, mas sem sucesso.

Desequilibrei-me totalmente desajeitada e fechei os olhos preparando-me para sentir dor, mas ao contrário disso, senti mãos fortes segurando-me e abri os olhos, assustada, só vendo depois que eu estava em cima dele, com o mesmo caído no chão e uma expressão de dor. - Eu disse que eu devia ter te ajudado. - Disse, sem me soltar encarando-me intensamente.

- Desculpa. - Tentei me levantar, mas ele não deixou, juntando mais nossos corpos. Então pegou uma mecha do meu cabelo que estava sobre um dos meus olhos e colocou atrás da minha orelha.

- Você é muito teimosa. - Disse sorrindo, fazendo-me sorrir também. Eu amava seu sorriso.

Gargalhei um pouco envergonhada, olhando para o lado para ver se tinha mais alguém ali, além de nós dois e nada. Ao voltar meu olhar para ele, vi que nossos rostos estavam mais próximos. Passei uma de minhas mãos em seu lábio, sorrindo e me aproximando mais, juntando nossos lábios e sentindo as tão conhecidas borboletas em meu estômago."

Acordei, ofegante e com o coração acelerado. Toquei minha boca e jurava ainda sentir o seu toque. Meu peito dói como que se eu novamente tivesse deixado algo escapar, mas não sabia o que era. Ou do porque de querer tanto voltar àquela lembrança.

[...]

Hoje era sábado e, mais uma vez, estava voltando para o manicômio.
Passarei mais tempo com Gabriel hoje, a pedido do próprio Diogo, o que me fez perguntar do porque disso, mas, mais uma vez, não fui respondida.
Cheguei à porta principal da Casa Woman e fui recebida com um aceno de uma das secretárias que rapidamente me chamou.

- Olá, aconteceu alguma coisa? - Perguntei prevendo o pior.

- Não senhorita, está tudo conforme o normal, mas o Senhor Diogo pediu-me para informá-la que seu paciente, Gabriel Lessa voltou para o antigo quarto. Arqueei uma sobrancelha.

- E porque dessa mudança repentina? Não faz nem uma semana que Lessa voltou depois de ter fugido e vocês querem que ele volte para o quarto antigo? - Perguntei um pouco indignada.

- O senhor Diogo informou-me que você poderia controlá-lo - disse sussurrou.

- Controlá-lo? - Ri completamente irada, mas suspirei mantendo a calma. O que está havendo com ele afinal? - Com licença. - Pedi, educadamente.

Andei apressadamente até o quarto de Lessa e, ao chegar ao corredor que dava ao local, vi que junto dos mesmos brutamontes, estava meu chefe. Praticamente corri em sua direção para pedir explicações.

Psiquiatra De Um Assassino - Fluxo Bak  ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora