CAPÍTULO 28: ela é minha

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Dois dias haviam se passado e eu dediquei todo meu tempo em melhorar meu diagnóstico para poder agir em relação ao meu trabalho. Estou realmente ansiosa para voltar a trabalhar depois de tudo o que aconteceu. Sinto-me renovada e feliz, como se um peso fosse tirado de minhas costas. É realmente muito bom.

Como o médico que minha mãe fez o favor de chamar para me ver aqui em casa, disse que eu estava evoluindo e que a perda de memória era improvável de acontecer comigo, eu estou agora me arrumando para correr. Acordei com um ótimo ânimo e já que só começo a trabalhar depois de uma semana, nada melhor do que passar o tempo me distraindo, fazendo coisas que eu amo.

Verifiquei minha aparência no espelho: rabo de cavalo, calça legging, camiseta, protetor solar e água. Tudo o que preciso.

Sorri. Eu estava muito bem para quem tinha parado de correr por um tempo, mas devo melhorar meu ritmo de corrida para ficar melhor ainda. Estava prestes a sair do meu quarto, quando escutei meu celular tocar. Atendi, sem ver quem era.

- Alô?

- Oi linda. - Abri meu melhor sorriso. - Como você está? 

- Eu estou muito bem. - Falei animada e escutei sua risada do outro lado da linha. - Na verdade estou tão bem que vou correr agora. - A linha ficou muda de repente. - Gabriel?

- Eu estou aqui. - Parou por um momento. - É bom que você faça exercícios. - Senti que não era exatamente isso que ele queria me dizer.

- Você vem aqui de noite? - Perguntei para mudar de assunto vendo que de um momento para o outro, isto o incomodou.

- Uhum... Eu vou sim. E você vai à casa do Diogo hoje, não é?

- Eu confirmei com ele.

- Que horas a festa vai começar?

- Humm - Pensei por um tempo. - Às 20h00min. Por quê?

- Só para saber. - Escutei sua respiração pesada. - É melhor eu desligar, estou te atrapalhando, não?

- Não, você nunca atrapalha, mas agora eu realmente tenho que ir, pois se não vai ficar muito tarde para eu correr. - Olhei em meu relógio vendo que eram 9h30min.

- Tudo bem...

- Gabriel?

- Hum?

- Eu te amo. - Disse um pouco envergonhada.

- Eu também te amo, Stella. - Disse como se tivesse tirado um peso das suas costas e isso me fez sorrir. - Até a noite.

- Tchau. - Disse desligando logo em seguida.

Suspirei e deixei meu celular no criado mudo. Eu não iria levá-lo, pois correr para mim é um momento de paz e não quero ter de parar toda hora para atender uma ligação.

Desci as escadas e avistei meu pais na cozinha conversando animadamente e isto me fez sorrir. Trinta e cinco anos de casados, e o amor continua o mesmo entre os dois. A amizade e companheirismo do dois são coisas tão intensas que me deixa feliz por poder ver isso de perto.

- Pai, mãe, eu vou correr agora, mas volto na hora do almoço.

Ambos sorriram.

- Tudo bem, Stella. Pode ir. Sua mãe pegou bem no seu pé esses dias. Você precisa de um descanso. - Meu pai disse, levando um olhar feio de dona Priscila, fazendo-me rir da situação.

- Tudo bem, então. - Caminhei em direção à porta. - Eu vejo vocês mais tarde.

Dito isso, comei a caminhar, agradecendo pelo dia estar bonito. Passei por diversos lugares. Praças, restaurantes, shoppings, hospitais, parques e outros lugares, todos com um ar de alegria. Eu só não esperava que fosse ver a única pessoa que talvez, não quisesse ver neste momento.

Psiquiatra De Um Assassino - Fluxo Bak  ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora