Onze

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Tom não parava de me encarar.

Já eu, sequer conseguia encará-lo. Não conseguia. Então simplesmente fingi que ele não estava ali. Lógico que esse comportamento da minha parte não iria durar cinco minutos porque de alguma maneira, eu teria que cumprimentá-lo.

Tuwaine caminhou na minha direção com um sorriso enorme no rosto, e me deu um abraço de urso que foi capaz de me suspender do chão. Percebi pelo canto dos olhos que Harry, Harrison e Sam caminhavam na minha direção. Tom levantou por último, ainda ressabiado. Não sabia exatamente como explicar, mas pela expressão assustada que estampava seu rosto, ele parecia estar em choque. Meu coração disparou quando ele levantou do sofá e parou atrás do Sam, claramente esperando para falar comigo.

— Eu vou fingir que você não ignorou minhas mensagens de feliz natal e de ano novo. - ele diz, assim que me coloca de volta ao chão.

Soltei uma risada nervosa.

— Mas você ainda me ama, certo?

Ele faz um ar suspense, mas no final das contas acaba rindo e me abraça de novo.

— Claro que sim! Sentimos sua falta, Isa! Não tanto como o Tom, mas sentimos. - ele diz, e dá uma olhada para o Tom com um sorriso debochado.

Meu Deus, que vergonha!

Duda solta um risinho do meu lado, tentando disfarçar.

— Ah, essa é a Maria Eduarda. - eu digo, ainda constrangida. Duda estende a mão para Tuwaine de forma bem confortável, como se os dois já se conheciam há bastante tempo.

Enquanto os dois conversam, Sam me abraça apertado dizendo que sentiu a minha falta e aproveita para elogiar o meu novo corte de cabelo. Harry, por sua vez, me cumprimenta daquele jeito divertido de sempre e fica meia hora falando do meu bronzeado. É óbvio que ele iria fazer piada com isso. Em seguida, Harrison também me abraça apertado bem alegrinho, e eu poderia imaginar que essa felicidade toda se resumia em doze letras:

Maria Eduarda.

Você sabe que quase matou ele de susto, não sabe? - Harrison sussurra baixo o suficiente para nós dois ouvirmos.

— Foi tão ruim assim?

Ele solta um riso abafado.

Você não imagina o quanto.

Foi a última coisa que ele me disse antes de praticamente ignorar a minha existência e se dirigir até a Maria Eduarda, puxando-a para longe de mim. Olho para o lado e vejo os dois se abraçando, com sorrisos bobos?

Realmente, ele não dorme no ponto.

Começo a me sentir inquieta quando vejo o Tom se aproximando, com seus olhos vidrados em mim. Olho para o lado completamente nervosa, e vejo que ninguém parece prestar atenção em nós dois.

Ou só estão disfarçando?

— Oi. - ele diz, quando para bem próximo a mim. Próximo mesmo.

Como ele podia ser tão lindo, meu Deus?

— Oi. - eu digo sentindo minha voz abafada de tanto nervoso.

Ele me olha de cima a baixo e por fim, me lança um sorriso que é capaz de tirar meu fôlego e deixar minhas pernas bambas.

É.

Eu estava bem fodida. Bem fodida.

— Uau, você... você tá muito linda. - ele diz, me olhando de cima a baixo mais uma vez. Seus olhos encaram os meus, em um contato visual que dizia muito.

Afraid To Love You | Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora