Uma menina.
MENINA.
Meu Deus, eu vou ser mãe de uma menina.
EU VOU SER MÃE.
Pois é, tinha isso também.
Por mais que eu tivesse consciência que havia um ser sendo gerado dentro da minha barriga, e que o meu corpo estava mudando a cada segundo que passava, ainda, por mais incrível que possa parecer, era meio surreal para mim. Era tipo: "Nossa, meu peito ta enorme, deve ser da gravidez" e do nada, dez segundos depois, eu paraliso por um momento, parecendo anestesiada com a informação chegando no meu cérebro em neon: "Meu Deus, eu vou ser mãe! Eu.Vou.Ser.Mãe."
Pois é.
Eu olho para o lado e vejo Tom me encarando com um sorriso enorme e emocionado, e ao mesmo tempo, me dou conta que era a primeira vez que eu via aquele sorriso tão diferente, tão genuíno. Percebo então, que estou chorando. E pela primeira vez, desde que eu descobri a minha gravidez, não era um choro de desespero e de medo.
Era de felicidade.
Emoção.
Pura emoção.
Ali, eu sabia o que eu queria. Eu sou mãe de uma menina.
— Você está feliz? - eu pergunto para Tom, com a voz embargada sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto cada vez mais rápido.
Tom solta uma risada emocionada, e ali senti que ele estava prestes a chorar também. Lágrimas começaram a inundar os seus olhos, aos poucos.
— Feliz? Isa, você está me fazendo o cara mais feliz do mundo. - ele aperta a minha mão cada vez mais forte, beijando meu rosto. — Obrigado por aparecer na minha vida. Obrigado por tudo. - ele sussurra, beijando ainda mais o meu rosto.
Eu não consigo dizer nada, além de chorar.
— Parece que a supremacia masculina dos Hollands acabou. - Joan comenta sorrindo. — Nikki vai surtar. - ela completa, soltando uma risada.
Tom começa a rir e enxuga as lágrimas dos seus olhos, sem jeito.
— Eu já estou até vendo ela acabar com o estoque de todos os vestidinhos de babados nas lojas de Londres. - ele comenta divertido e automaticamente eu penso em vestidos, lacinhos, sapatinhos.
Meu Deus, uma menina.
Que sensação louca, mas que sentimento bom.
Passada a euforia, a Dra. Joan precisou continuar a ultrassonografia e claro, Tom pediu a liberação para viajar. Depois disso, só vieram as recomendações, que eram muitas. Mas a sensação que eu tive é que apesar de eu ouvir todas aquelas recomendações, eu não conseguia entender absolutamente nada. Mas estava tudo bem porque do jeito que Tom é, eu tenho certeza que ele havia gravado todas as recomendações para jogar na minha cara depois que eu fizesse alguma besteira.
Saímos do consultório discretamente e quando finalmente estávamos no carro, decidi ligar para minha família. Estavam todos reunidos. Papai, vovó, minha bisa, Mari e meu irmão me encaravam do outro lado da tela, completamente ansiosos.
— É uma menina. - eu digo, em português.
E todos gritam. Gritam mesmo.
Meu pai abraça Mari, sua futura esposa, e depois abraça minha avó que abraça meu irmão e quando eu percebo, todos estão se abraçando ao mesmo tempo e eu, já estava em lágrimas de novo, praticamente desabando de tanto chorar.
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Afraid To Love You | Tom Holland
FanfictionIsabela Schumacher de 21 anos, sempre sonhou estudar em Londres. Ela consegue um intercâmbio de um ano na UCL onde consegue alugar um apartamento em Farringdon, junto com a sua roommate Kimberly. As duas viram amigas logo de cara e por "coincidência...