Muitos estudaram o sonho. Grandes mentes o analisaram. Várias controvérsias surgiram. E até hoje, nada concreto foi descoberto. O que sobrou, foram meras especulações.
Só isso.
Alguns dizem que no sonho, damos vazão a desejos reprimidos. Outros dizem que é o momento em que a alma deixa o corpo e viaja em um tempo-espaço diferente da terceira dimensão na qual permanecemos, quando acordados. Há também aqueles que acreditam se tratar do enfraquecimento da linha que separa o consciente do inconsciente, misturando-os. E por fim, tem os que creem se tratar de previsões do futuro ou simples lembranças desconexas do passado.
Dizem que eles, os sonhos, duram de poucos segundos a quarenta minutos. E dizem também que uma vida inteira pode ser vivida, em detalhes, no piscar dos nossos olhos, enquanto dormimos.
São muitas as informações, são muitos os anos de pesquisa...
No que realmente acredito?
Em tudo isso.
...
Abri os olhos, ainda meio grogue, sentindo meu corpo inteiro doer. A primeira coisa que encarei, foi um teto branco. Olhei para o lado, tentando entender onde eu estava, e tudo o que eu consegui enxergar foi uma agulha enfiada no meu braço.
Que merda é essa? O que aconteceu?
— Bela?
Eu viro para o lado rapidamente, reconhecendo aquela voz. Minha avó levanta da poltrona de couro que havia naquela sala enorme, correndo na minha direção. Meu Deus, era a vovó! O que ela estava fazendo aqui em Londres?
— Oh minha querida, graças a Deus. - ela diz me encarando com um sorriso triste e seus olhos estavam vermelhos, como se chorasse muito.
Por que ela estava chorando? O que aconteceu?
— E-eu...
— Shhh... não fala nada. - ela diz, acariciando a minha cabeça de um jeito que só ela fazia. — Não quero que você faça esforço à toa.
Eu respiro fundo, sentindo meu peito apertar.
— O que aconteceu? - eu pergunto, depois de muita dificuldade.
Vovó respira fundo, antes de me responder.
- Você foi atropelada quando estava indo para o aeroporto, você bateu forte com a cabeça, mas graças a Deus não acusou nada na tomografia.
Atropelada? Aeroporto?
Minha filha!!!!!!!
Por puro instinto, eu coloco a mão na minha barriga e sinto o sangue fugir do meu corpo quando não encontro nada além de uma barriga lisa, sem nenhum vestígio dela.
— Cadê a minha filha? - eu pergunto, quase levantando da cama em um desespero que crescia a cada segundo.
Minha avó me encara confusa ao mesmo tempo que tenta me segurar, impedindo que eu me levantasse.
— Bela, você está confusa e...
— Vó, o que aconteceu com a minha filha? Fala! - eu grito, ignorando o seu braço me segurando, e sento na cama, sentindo meu corpo inteiro doer.
Foda-se a dor! Eu queria a minha filha, eu queria o Tom...
Cadê ele, afinal?
Quando alguém abriu a porta do quarto, pensei que poderia ser ele, mas é o papai.
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Afraid To Love You | Tom Holland
FanfictionIsabela Schumacher de 21 anos, sempre sonhou estudar em Londres. Ela consegue um intercâmbio de um ano na UCL onde consegue alugar um apartamento em Farringdon, junto com a sua roommate Kimberly. As duas viram amigas logo de cara e por "coincidência...