Considerações finais (papo de autora)

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Sobre a escrita

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Sobre a escrita.

Eu não poderia finalizar este livro sem agradecer, porque sinceramente foi muito difícil superar todos os percalços e dar um final a essa história mas ali estavam vocês. Me apoiando, me incentivando, não me deixando desanimar e desistir. É excepcional contar com leitores como vocês, é uma sorte muito grande poder sentir esse carinho pela história, pelos personagens e por mim.

Passei por sérios bloqueios e problemas pessoais que quase me fizeram desistir, mas havia uma corda que me prendia a esta história em especial, porque me comprometi em escrever e os personagens precisavam de um final. Mais que isso, devia a vocês uma continuação, porque o apoio que me deram foi a maior razão para que eu superasse a má fase e voltasse a escrever.

Estes últimos dois meses foram basicamente uma luta interna comigo mesma, embarquei em uma aventura intensa em busca de superar meu bloqueio e fiz por todos os meios. Consumi bastante livros, ouvi listas intermináveis de músicas, assisti muita produção audiovisual, fiz análises psicológicas dos personagens e criei uma porção de roteiros que foram todos descartáveis. Foram sessenta dias intensos, principalmente nos dois primeiros capítulos, espremer ideias é a pior desmotivação possível para um artista mas não me atrevi a desistir e então, há alguns dias, fui premiada com uma súbita inspiração e nem parei para respirar.

Sobre o livro.

Eu escrevi e reescrevi esta guerra tantas vezes.

Meu primeiro desafio foi o de intercalar planos que comprovassem as habilidades das duas forças adversárias, de criar um plano eficaz mas não perfeito ao ponto de não ser superado e do outro lado, criar táticas que superassem a primeira e produzissem um embate equilibrado. Meu intuito sempre foi mostrar que a Legião não é a maior rede criminosa e não é imbatível e menos ainda invencível, que tinha sim membros habilidosos, uma linha de frente que impõe respeito e uma mente brilhante por trás, mas que isso nem sempre é suficiente.

Outro grande entrave para mim foi a facção. Sempre quis escrever sobre a criminalidade do país e usei isso em meu favor para criar uma facção que unificasse toda a rede, mas e o legado? E as forças que o comandavam? A personalidade de Lúcio foi mudada tantas vezes quanto sua figura, mas no final gostei muito de representar um inimigo intelectualmente poderoso e não necessariamente ameaçador fisicamente. Foi um caminho complexo, mas o final me pareceu aceitável.

Erla, sobre o que é essa série realmente? (imagino que alguém já tenha se perguntado).

Legião da Noite é a união de pessoas desestruturadas e quebradas em consequência da sociedade, é a existência de uma realidade antissistema que lança uma linha de frente antagonista a estrutura mundial atual. Mas não é sobre isso a série. A série é sobre como uma sociedade falha e corrupta corrompe pessoas e possibilita a criação de máfias, gangues, quadrilhas, tráfico e etc. O que é a criminalidade se não a resposta ao colapso que vivemos? A Legião é, dentro do mundo ficcional que criei, uma leitura das máfias mundiais voltadas para o Brasil.

(Concluído) Sombrio  - Série Legião da Noite. Damien Kostner Livro1Onde histórias criam vida. Descubra agora