Capítulo XIV

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Capítulo GI-GAN-TE!

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Você diz que você perambula em sua própria terra

Mas quando eu penso nisso

Eu não vejo como você consegue

Você está sofrendo, você está quebrando

E eu posso ver a dor em seus olhos

Diz que todo mundo está mudando

E eu não sei por quê

Tão pouco tempo, tente entender que eu estou

Tentando fazer um movimento só para continuar no jogo

Eu tento ficar acordado e lembrar meu nome

Mas todo mundo está mudando e eu não sinto o mesmo

Everybody's Changing, Keane

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A jovem mulher cuja as tatuagens não conseguiam esconder sua magreza profunda se via refletida no espelho encardido e quebrado de uma pensão barata

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A jovem mulher cuja as tatuagens não conseguiam esconder sua magreza profunda se via refletida no espelho encardido e quebrado de uma pensão barata. Seu rosto estava fino e a cavidade abaixo dos seus olhos e acima das maçãs estavam ossudos e protuberantes, os ombros e quadris além da coluna tinham todos os ossos visíveis sob a pele fina e seus membros inferiores e superiores pareciam desencaixados.

Ela bufou abrindo o armário velho e tirou dele um frasco branco com etiqueta farmacêutica, retirou a tampa e despejou quatro comprimidos na palma da mão antes de leva-los a boca e engolir, inclinou-se ligando a torneira e bebeu antes de jogar um pouco de água no rosto.

Puxou a blusa fina preta manga longa para tentar cobrir os ombros e passou as mãos pelos cabelos negros volumosos e curtos. Pegou os óculos escuros para esconder seus olhos de um azul incomum do sol forte e o colocou enfiando a mão no bolso da calça jeans preta e puxando um cigarro, enquanto lutava para acendê-lo com o restante de gás do isqueiro que tinha em mãos voltou os olhos cobertos para o espelho.

Embora estivesse sem sutiã e a blusa deixasse um pedaço da barriga exposta não havia nada de sensual ali, havia perdido sua feminilidade e beleza junto a vontade de viver nas últimas semanas. A calça que sempre fora justa em seu corpo pendia nos ossos do quadril e suas botas pareciam maiores do que eram.

– 'Ta' aí, consegui ficar pior que uma drogada de merda.

Yuni empurrou a tampa pesada da descarga e puxou de lá um alforge com algum dinheiro e duas trocas de peça íntima e também sua bebê, uma S&W 500 Magnum de dez munições que fora sua primeira arma na vida dada por seu pai nos seus nove anos.

(Concluído) Sombrio  - Série Legião da Noite. Damien Kostner Livro1Onde histórias criam vida. Descubra agora