16° Capítulo

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- Então que sorriso é esse?- Vitoria perguntou mal abandonei o quarto, fechando a porta atrás de mim. A verdade é que desde que Niall apareceu a porta de minha casa, não consigo deixar de sorrir, não como uma demonstração exagerada de felicidade, mas porque os cantos da minha boca insistem em não se curvar para baixo, e isso deixa-me embaraçada. Tomei um banho curto, talvez o mais curto da minha vida, não tendo de todo a certeza se tirei bem o champoo, se bem que agora é indiferente, e vesti o conjunto mais bonito que possuo. Uma camisola vermelha e uma saia preta, completando o conjunto com uns saltos altos pretos. Sempre acreditei que este conjunto me ficasse bem, e a verdade é que também era confortável e por isso senti que era a roupa preferida para este dia.- E já agora, estás linda.

- Obrigada...- corei de certo.- E o Niall está cá.

- Está cá?- acenei afirmativamente, mordendo o lábio em seguida para evitar sorrir. Esta conversa apenas me está a tirar minutos preciosos com o meu namorado. Sem ofensa para a minha amiga.- Então desce miúda, aproveita e eu aviso a professora de dança que passaste mal a noite e ficaste a dormir mais um pouco.- Agradeci em seguida, dando um salto exagerado e correndo escadas a baixo, para encontrar Chelsea no sofá com uma taça de cereais na mão e o olhar em direcção ao loiro que acabava de colocar a comida num prato branco, ao lado de uma rosa vermelha. A tensão era visível e eu não posso deixar de me perguntar se eles já se conheceriam.

- Ah... Bom dia Chelsea.- disse, vendo-a virar a cabeça para me olhar sem o mínimo esforço ou surpresa, apenas me dando mais suspeitas que algo aqui estava errado.- Está...tudo...bem?- perguntei, alternando o olhar entre ambos.

- Boas Sophie.- a loira disse, levantando-se com elegância e pousando a taça no balcão, enquanto Niall lhe virava costas depois de um olhar suspeito.- Eu vou me arranjar. Até já.

- Ah Niall...- disse, após verificar que Chelsea tinha subido para o andar de cima definitivamente, virando-me em seguida para o jovem irlandês ao balcão.- O que se passou aqui?- perguntei, sem a mínima informação possível.

- Nada amor...- ele respondeu, deixando-me um tanto desconfiada.- Está tudo bem... Vais para a faculdade?- Abanei a cabeça em negação e um sorriso adorável apareceu no seu rosto, deixando este assunto para depois, porque temos pouco tempo, que apenas quero aproveitar com ele.

- Não, temos uma hora e meia para aproveitar...- disse, caminhando na sua direcção, e puxando a sua camisola para o beijar. Tinha tantas saudades dele. Parece que se passou uma eternidade desde que estivemos juntos pela última vez. Niall apertou-me a cintura cuidadosamente, e quebrou o beijo apenas olhando para os meus olhos, íris com íris. Num momento intimo.

- Obrigada por me teres perdoado não sei onde tinha a cabeça...- um olhar triste apenas me dava a confirmação que ele estava a ser sincero.- Eu não sei apenas...

- Shhh...- coloquei um dedo nos seus lábios, não querendo de maneira nenhuma que ele continuasse a frase.- Não voltes a faze-lo. Temos de estar mais unidos que nunca.

- Não volto...- ele prometeu.- Tenho dado em maluco sem ti.

- Maluco em que sentido?- decidi provocar, sentindo um sorriso matreiro a surgir.- Niall...- o meu corpo foi empurrado para trás aos poucos, caminhando pela sala.- Eu não insinuei nada...

- Mas deste essa possibilidade, e se eu bem me lembro, deves-me isto...

- Aí sim? Diga lá porquê então...

- Primeiro porque só cá estou um dia.- o meu pé embateu nas escadas, e ele aproximou-se, colocando-me como se fosse um saco de batatas no seu ombro.- Segundo, porque estivemos chateados demasiado tempo.- começamos a caminhar escadas acima, demasiado depressa, fazendo-me cambalear de um lado para o outro.- E terceiro, porque um rapaz tem necessidades.

- Niall!- gritei, sentindo-o rir por baixo de mim. A porta do quarto foi aberta rapidamente e o meu corpo foi pousado calmamente no chão, enquanto ele observava a janela, completamente extasiado. A paisagem que se estende a nossa frente é linda. E por mais vezes, que a veja, irei sempre sentir uma felicidade imensa, tal como ele deve estar a sentir neste momento. Fechei a porta, e parecendo acorda-lo do seu transe caminhamos numa linha reta, beijando-nos em seguida com paixão. Paixão feroz e ardente, que apenas levou a movimentos desesperados inicialmente por uma ânsia de fazer tudo e nada ao mesmo tempo.

Niall Pov

Pousei o seu corpo suavemente sobre a cama, ainda saboreando a sensação de ter os seus lábios sobre os meus novamente. Apoiei o peso nas mãos, não lhe permitindo levar com o mesmo em cima, desnecessariamente, e observei cada milímetro do seu rosto, querendo de algum modo, guarda-lo na memória para pensamentos mais tarde. Ela é tão linda e não se apercebe disso. Retirei o seu casaco com cuidado, tocando-lhe ao de leve na pele, e vendo os seus poros arrepiar com o toque. Passei a mão por toda a extensão do seu braço, levando-o ao meu pescoço para acariciar o mesmo, enquanto me debruçava para lhe beijar o pescoço. A sua pele é tão suave que eu poderia tocar-lhe durante horas, apenas saboreando a sensação de veludo.

- Niall...- a minha menina suspirou, contorcendo-se debaixo de mim com a pressa. Mas eu não queria que isto fosse algo rápido e esquecido. Queria-lhe dar as melhores sensações que permaneceriam horas no seu pensamento, possivelmente dias ou talvez para sempre. Ela têm de se lembrar da sua primeira vez. A sua primeira vez comigo.

As suas mãos foram de encontro a minha camisola, puxando-a para cima, enquanto passava a mão pelos meus abdominais. Facilitei-lhe o trabalho de retirar a mesma, e esperei pela confirmação de que poderia prosseguir, quando um sentimento desconhecido invadia a sua expressão.

- Eu não quero que fiques desiludido, tu sabes... com o meu corpo.- sorri-lhe, tentando tranquilizando-a. Eu tornava-me pintor só para apreciar a arte do nudismo com ela. Envolvi o seu corpo nos meus braços, murmurando-lhe o quão linda ela realmente era aos meus olhos. E em seguida retirei a camisola com cuidado, observando a maneira como o soutien lhe acenta na pele.

As calças de ambos foram retirados também, e eu já precisava de esta libertação dado que sinto o meu membro a apertar nas calças a cada movimento que faço.

- Agarra-te ao meu pescoço.- peço, e apesar de uma expressão confusa, Sophie "obedece", deixando-me levanta-la para colocar o edredão e os lençóis por cima dos nossos corpos.

- Tens a certeza que é isto que queres fazer?- pergunto.- Eu posso esperar.- E posso mesmo. Espero até que ela se sinta confortável para o fazer, não me importando com o quão doloroso é esperar para finalmente o fazer.

- Sim.- tento procurar indícios de mentira, mas apenas vejo receio, e sei que isto é um grande passo para ela.- Eu quero faze-lo contigo.

Beijo-a novamente, e retiro-lhe com cuidado as últimas peças de roupa, vendo-a proceder da mesma maneira comigo.

Estiquei-me para fora da cama, indo ao bolso de trás das minhas calças para retirar o pacote mágico. Sei que foi Harry que colocou isto aqui, antes de eu sair, e nos primeiros minutos ri-me mas depois deixei-o estar, a esperança de estar com ela desta maneira a soar no fundo da minha mente.

Coloquei o preservativo, e olhei para ela uma última vez, beijando-a em seguida para tentar distrair a sua mente, da dor que se vai seguir nos próximos momentos.

Uma carranca de dor toma conta da sua face, e eu mordo-lhe o lábio inferior, indo um pouco mais fundo, só o suficiente para a poder sentir bem dentro de mim.

Um gemido é libertado pela mesma, e deixo-a libertar a frustração e dor, não querendo ser insensível para com ela. Só quero faze-la sentir bem.

Após uns momentos, inicio movimentos de vai-vem num ritmo graduado, para a ver substituir a dor pelo prazer. E sorri-o orgulhoso, com a expressão descontraída da minha miúda.

- Anda, vem-te a mim...- digo-a incentivando-a, e vejo-a atingir o orgasmo, fazendo-me atingir em seguida com o seu rosto perfeito no meu campo de visão e todo o seu corpo nú e suado por baixo do meu.

-Obrigada...- ela agradece-me, fazendo-me revirar os olhos perante a sua doçura.

- Eu amo-te muito okay? Só te quero fazer feliz

Far away ( I.j.h.m.y.y sequel) n.hOnde histórias criam vida. Descubra agora