Far away ( I.j.h.m.y.y sequel) n.h

39° Capítulo

Abri então a caixa que se encontrava naquela cadeira, demasiado pequena para a mesma. Só tive tempo de reagir passado breves momentos, ao ver o maravilhoso  vestido que se encontrava mesmo à minha frente. O preto em renda nos braços dava um ar senhoril, mas ao olhar para o seu comprimento até aos joelhos, a impressão perdia-se sem sombra de dúvida. Era perfeito para mim.

Corri para a casa de banho, uma luta contra ao tempo e ao jet-leg que parecia consumir cada célula do meu corpo.

Tomei um banho rápido, o alarme do telemóvel a disparar a qualquer instante. Estou nervosa, isto não estava de todo nos meus planos. Aliás, ansiosa seria mais o termo certo. É tudo um grande mistério do qual eu gosto de fazer parte.

- Posso? -  Vitória. A minha salvação.

- Entra! - gritei de volta, saindo da casa de banho com uma toalha a volta do corpo. A rapariga riu-se da minha figura enquanto alternava o olhar entre o vestido e a casa de banho.

- Eu... Ah... Tu... Preciso de ajuda. -  acabei por descair o corpo em rendição e esta sorriu para mim.

-Ao natural?

- Ao natural.

Ao ouvir o som irritante do alarme, sabia que tinha cerca de 10 minutos para estar lá em baixo e olhei para o reflexo de Vitória no espelho da casa de banho.

- Estás linda. -  ela disse-me, colocando as mãos nos meus ombros cobertos e apoiando o queixo na parte de cima da minha cabeça.

- Estou tão nervosa... E se algo corre mal?

- Não vai, confia em mim.  Apenas... Se tu própria.

- Isso sempre foi um problema. - confessei, a minha face a descer para as pernas e uma rapariga morena a curvar-se a meu lado para me ver melhor. -  Não é nada apenas...

- Então? Vai correr tudo bem. -  Sorri-lhe, largando um suspiro que não sabia conter e caminhei para a sala, com a morena atrás de mim.

Cada passo parecia dado em câmara lenta, o bater do coração a ser o único som audível, pelo menos para mim que sentia as palmas das mãos transpiradas e um ardor na garganta desconfortável.

Ao descer as escadas pude sentir o olhar dos presentes em mim. Senti a face a ficar vermelha e esforcei-me por sorrir o máximo que conseguia, chegando ao final e juntando ambas as mãos a frente do corpo.

- Porque estão a olhar assim para mim? -  acabei por dizer, engolindo em seco.

- Estás... - Taylor começou, mas deteve-se a meio da frase, caminhando até onde me encontrava e pegando nas palmas das mãos suavemente, dando pequenas festas em seguida. -  Estás tão linda Soph.- um beijo foi depositado na minha testa e senti protecção em invadir o meu ser, olhando-o nos olhos de seguida. - Cresceste tanto aos meus olhos, tanto dentro de mim. És a minha irmã irritante sabes? -  ele deu um riso forçado, deixando uma lágrima escapar. - A minha irmã pequenina, e que eu adoro.

- Então Tay? Que se passa? Eu não vou a lado nenhum...

- Não irás, pelo menos para mim. -  a sua mão guiou-me até a porta onde já John e Mary me esperavam para dois últimos carinhos antes de me empurraram gentilmente para a saída.

Ajeitei o vestido e caminhei para a saída, vendo um Peter surpreendido a olhar-me do lugar do condutor.

- Tu estás... Hum, muito bem. -  este apertou as mãos no volante e eu sentei-me, não querendo por o cinto para não amarrotar o vestido.

- Peter, o que... O que fazes aqui?

- Vim buscar-te, achei que era a pessoa mais indicada para o fazer. Quero garantir que chegas lá à hora combinada.

- Hum... Obrigada. - esperei que o carro arranca-se, para encostar a janela no vidro. Ainda guardo um carinho muito grande por Peter e acho que Niall sabe disso. Aliás por vezes sinto que ele me conhece melhor que eu própria.

- Eu queria pedir-te desculpa, por tudo o que aconteceu...- parecia uma voz na minha cabeça mas quando me virei para o encarar, era real. As palavras foram mesmo reais.

- Precisas de te perdoar a ti próprio Peter.- coloquei o meu melhor sorriso.- Assim como eu já te perdoei.

Este suspirou e estacionou o veículo, olhando para baixo. Dei-lhe um beijo ao de leve na face, sentindo-o ficar tenso e sai sem uma única palavra dirigida. Tenho tudo resolvido, não apresento nenhuns conflictos interiores ou exteriores e sinto-me bem comigo própria. Esta noite tem tudo para ser perfeita.