Capítulo 6 - My sweet sunshine

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Nós três jantamos e eu falei um pouco sobre Chicago e Reseda antes de eu ir embora, contei como era a companhia e o ballet, nós rimos muito e mais uma vez eu senti que aquela era a minha família.

Já era um pouco tarde quando eu terminei de lavar a louça e me despedi da yaya e da mamá, sim sem querer eu acabei chamando elas assim, mas acho que foi uma coisa boa já que as duas me abraçaram forte e me chamaram de hija e nieta.

Eu fechei a porta da minha casa e tomei um longo e relaxante banho, coloquei o pijama e deitei na cama. Tentei de várias maneiras dormir, mas eu só conseguia pensar nele.

Peguei o celular e liguei para o contato salvo como My sweet sunshine ❤️

— Oi, aqui é o Isaac Lahey, provavelmente estou com a Star então ligue pra ela ou deixe seu recado — A voz dele na gravação era animada, eu estava junto quando ele gravou e me segurava para não rir.

Eu troquei de número quando sai de Chicago, então ele não iria atender de primeira, desliguei o celular e liguei de novo.

— Alô? — Ele disse, e fiquei em silêncio — Tem alguém aí? — Ele fez uma longa pausa e eu desliguei.

No treino do outro dia nós fomos a um ferro velho, o sensei tinha arrasado na reunião e agora estava nos preparando para o torneio. Ele fez um discurso motivador em cima de uma mini van, depois nós treinamos muito, ele fez alguns obstáculos com pneu e tábuas, minha parte favorita foi destruir os carros, descontei tudo naquela hora e tentava não pensar na noite anterior.

— Vocês querem vencer? Devem estar com fome, estão com fome? — Ele perguntou entregando um pedaço de carne seca para cada um.

— Sim sensei! — Todos disseram firmemente. Johnny se aproximou de mim e estendeu a mão com a carne seca.

— Ah não! Eu já passei por isso quatro anos atrás! — Falei e ele riu, passei por ele e subi em um dos carros, todos me olharam confusos e eu apenas sorri esperando a melhor parte.

— Certo, eles também estão com fome — Meu pai disse por fim chamando os cães com o apito.

Todos correram e tentaram se esconder e salvar suas bundas, eu e o Sensei nós rachamos de dar risada com o desespero deles.

O desespero do Falcão era o melhor, ele correu de um lado para o outro tentando subir nos carros, infelizmente não conseguiu e um cachorro pulou nele. Ele o mordeu e o Eli gritou alto, eu gargalhei alto até minha barriga doer. Mas depois ajudei ele a ir ao hospital.

Mais tarde eu e o Miguel éramos os únicos no dojo, ele socava um boneco de borracha enquanto eu brigava com um saco de pancadas.

— Por que somos os únicos aqui sensei? — O moreno perguntou quando ele se aproximou.

— Vocês são os únicos que podem ganhar o torneio — Ele respondeu.

— Somos seus melhores alunos? — Eu brinquei.

— Não fica se achando — Meu pai olhou pra mim sério. Miguel pegou o celular e sorriu e eu me pendurei no ombro dele para ver a foto também.

— Se você magoar ela eu te mato —  Falei rindo.

— Do que tão rindo? — Sensei chegou mais perto.

— Nada, só a minha namorada que postou uma foto engraçada.

— Deixa eu ver — Ele tomou o celular do Miguel, eu já sabia o que viria depois então me afastei, peguei minhas coisas e fui para o vestiário — Tá namorando uma LaRusso?! — Foi a única coisa que ouvi quando fechei a porta.

Entre ballet e karatê | CONCLUÍDO |Onde histórias criam vida. Descubra agora