Capítulo 15

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Era para ser apenas mais um dia normal para Helena Stone em aproveitar muito bem sua vida pós-morte. No entanto, a loira mais tarde descobriria que seu tia não seria tão calmo assim.

Como todos os dias desses últimos sete anos após sua trágica morte. A Stone acordou em sua suíte do hotel e logo tratou de se arrumar o mais breve possível para seu rápido café da manhã na sala de jantar para depois seguir para a atividade das dez, que seria nada mais e nada menos que lutar até a morte no campo de batalha e hoje novamente esperava poder lutar com Magnus, simplesmente porque gostava da forma como o garoto filho de Frey, lembrava-lhe absurdamente de sua filha mais velha, Octavia.

Helena trançou os fios loiros e quando terminou, a loira vestiu o típico uniforme verde, que a fazia se lembrar de seus tempos na legião quando frequentava o Acampamento Júpiter sendo um legado de Júpiter, Vênus e Netuno. Mas nesse momento as coisas eram diferentes. Somente após a morte, Helena descobriu que era mais do que apenas um legado romano, ela também era um raro legado nórdico, sendo que sua mãe, Lucrécia, era filha do próprio Thor, tornando o Deus Nórdico dos trovões e das batalhas seu avô e bisavô de seus filhos.

Agora Helena também era uma einherjar (os grandes heróis que morreram com bravura na Terra; soldados do exército eterno de ), assim como sua mãe, Lucrécia, também havia se tornado. Poderia dizer que ambas morreram em batalha, pois lutaram até o último suspiro para proteger seus netos/filhos de serem covardemente sacrificados, mas infelizmente suas vidas não foram poupadas e diferente do que esperavam, nem Helena ou Lucrécia foram parar no submundo de Hades, na verdade, mãe e filha vieram para outro lugar: o Hotel Valhala, onde lhe foram revelado quem era o verdadeiro pai de Lucrécia e ainda foram submetidas a assistir um vídeo sobre como morreram e como se não bastasse isso, todos os moradores de Valhala também assistiram aos vídeos de suas cruéis mortes, o que a principio causou certo incomodo em ambas Stone.

Por sua mãe ainda ser uma autista e ainda ser surda, digerir a notícia que era uma semideusa nórdica e que estaria condenada a viver o resto da eternidade longe de seu amado Richard, o qual havia ido para o submundo greco-romano, a principio não foi uma tarefa fácil para Helena acalmar sua mãe, mas depois Lucrécia havia aceitado o fato completamente, porque não havia outra solução se não aceitar que a partir daquele momento teria que viver sem seu precioso amado.

Helena, então saiu de seu quarto que ficava no decimo nono andar, tornando-a vizinha de Magnus, Alex e outros semideuses nórdicos. O teto daquele andar tinha cerca de seis metros de altura e era forrado com lanças de vigia. Tochas queimam em arandelas de ferro nas paredes, lançando luz laranja quente na exibição de espadas, escudos e tapeçarias na parede enfeitando completamente o corredor. O chão era coberto por um tapete vermelho-sangue com desenhos de galhos de árvores que se moviam. A porta de cada quarto é feita de carvalho tosco, encadernado em ferro e colocada a cerca de quinze metros de distância.

Em cada porta do andar possui uma placa de identificação de ferro do tamanho de uma placa, com um nome rodeado por um anel de runas. Uma vez que a runa dagaz era usada na porta de uma sala, o anel de runas brilha em verde. E era quase cômico e ao mesmo tempo assustador para Helena saber que seu extenso e longo nome havia conseguido caber dentro do anel de runas viking, afinal se carregasse sangue nobre em suas veias de alguma forma você teria um nome longo e muito extenso como consequência disso.

Era quase como uma tradição da nobreza britânica. Quanto mais sobrenomes você possuir, maior é a importância de seu título na nobreza. Bom, talvez seus filhos a amaldiçoassem um pouco por ter colocado tantos nomes em cada um deles, mas quando se é um descendente dos Marqueses de Whittemore, esse é o preço que se paga.

Ascensão ──  𝐏𝐉𝐎/𝐇𝐃𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora