Capítulo 24

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O Regresso dos Mortos


Um raio ecoou pelos céus, repetidas vezes, atraindo a atenção dos semideuses aliados a Barba Negra que estavam de vigias no muro e nos portões da cidade. Eles não entendia de onde surgiram as nuvens escuras e os relâmpagos furiosos que ecoavam sem parar, mostrando a fúria sangrenta dos céus. Os semideus foram obrigados a piscarem repetidas vezes, quando viram que através de um relâmpago uma biga puxada por dois bodes surgiram, assim como uma figura sombria que usava uma capa e tinha uma tatuagem de martelo em um dos braços e uma cicatriz horizontal bem no meio da garganta. O rosto não era possível ver, mas dado aos traços delicados, eles adivinharam que poderia ser uma mulher.

A carruagem dourada e vermelha, era puxada pelos bodes e flutuava pelo ar, como se os bodes tivessem literalmente correndo pelo ar na direção deles. Um dos semideuses ordenaram para que os arqueiros se preparassem e mirassem suas flechas na carruagem e na mulher de capuz. Diversas flechas como uma chuva foram disparadas em direção a desconhecida. A mulher então puxou uma espada de seu cinto, a lâmina era prateada feita por um material completamente desconhecido por todos eles, a espada era completamente feita de uma forma diferente, ela deveria ter uns cem centímetros e seu metal da lâmina era todo ornamentado com desenhos e runas antigas, das quais eles não conheciam, mas quando a lâmina foi erguida para o alto, ela imediatamente atraiu um relâmpago para a ponta da lâmina que brilhou instantaneamente e então com um único movimento como se estivesse cortando o ar na vertical um raio azul brilhante foi disparado na direção das flechas as fulminando instantaneamente, sendo reduzidas a pó e cinzas.

Os semideuses piscaram os olhos, impressionados com tamanho poder. Então o fosso de água que cercava a cidade, começou a ter a água completamente agitada, tanto quanto os relâmpagos. De repente uma gigante parede de água foi erguida e os atingiu de uma só vez, os varrendo de uma só vez do alto da muralha, fazendo-os cair e morrerem temporariamente ao chegarem no chão.

Quando o escudo de água se dissolveu deixando poucos semideuses ali, a biga foi parada em cima do muro, onde a mulher com capa negra saltou para fora, retirando uma segunda espada de seu cinto, esta que era feita de puro ouro imperial, enquanto a outra lâmina prateada foi escondida em seu cinto. Uma rajada de vento a atingiu fazendo a capa voar e revelando uma segunda tatuagem no alto do ombro esquerdo, essa tatuagem era o rosto de um leão. O símbolo da casa de Hércules. Quem quer que fosse a mulher ela também era uma heráclida, assim como os recém capturados prisioneiros.

A mulher ergueu um pouco o rosto e Billy que estava jogado ao chão com outros semideuses, ficou completamente paralisado quando reconheceu o rosto familiar da mulher e os olhos azuis raivosos que brilhavam como se relâmpagos dançassem em sua íris.

— Você deveria estar morta, traidora! — Billy rosna.

A mulher sorriu macabramente.

— Eu estava, mas resolvi reviver para ter o prazer de matar cada um de vocês de novo, Billy Wells, filho de Thanatos. — Ela se aproxima dele.

— Sabe que mesmo se matar todos nós, vamos reviver.

— É, eu sei. Mas mesmo assim, a carnificina me da um enorme prazer. — A mulher então ergue sua espada de ouro imperial para o alto, antes de atravessar a ponta da lâmina no pescoço de Billy, a manchando de ichor dourado e vendo os olhos gélidos e mortos do garoto lhe encararem.

Rapidamente a mulher retirou a lâmina da garganta de Billy, tempo o suficiente para sua espada se chocar de uma só vez com uma lança, de uma garota loira que veio correndo em sua direção, tentando lhe matar. O chiar do metal ecoou por todo recinto.

Ascensão ──  𝐏𝐉𝐎/𝐇𝐃𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora