Capítulo Extra: Onde tudo começou, part.1

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Capítulo Extra: Onde tudo começou, part.1


Eu sei o que você está se perguntando.

" Octávia Stone, porque você e o Grover estão em todos outdoor da Times Square, sendo acusados de roubar um pônei azul? "

Acredite; você não vai querer saber.

Mas boa pergunta por sinal. Você pode culpar exclusivamente meu sátiro buscador por ser um desastre e ter o péssimo hábito de desmaiar e gritar por comida, ou você pode culpar meu parente divino, Ares, o Deus da Guerra e da Violência ou mais conhecido por mim como: paizinho. Acho que isso pode explicar facilmente meu temperamento difícil e volátil. Quero dizer... É estranho seu pai ser um Deus? É. Mas acho que você se acostuma com isso, com o passar do tempo. Porém, a única coisa que não consigo me acostumar é com diversos monstros me perseguindo e querendo me fazer de aperitivo, prato principal e sobremesa.

Um pouco confuso? Espere, eu vou explicar.

Talvez esteja me esquecendo de mencionar que... Eu sou uma semideusa. Eu sei, é chocante descobri isso aos sete anos, principalmente quando você tem um cheiro diferenciado que atrai uma horda de monstros querendo fazer picadinho de você. Grover disse que quando mais forte o semideus, mais monstros ele irá atrair... E vejam só, você tem que agir com isso como se fosse algo normal, o que definitivamente não é.

E correr. Você tem que correr muito para não virar picadinho de monstro.

Qual é, eu sou péssima em educação física. Sou sedentária.

Já viu algum nerd fazendo exercícios físicos? Claro que não! Porque nosso único tipo de exercícios são os vídeos games e vícios na cultura pop. É, tenho plena consciência que vou ser a responsável pelo meu suicídio social no futuro. Mas fazer o quê? Faz parte.

Até porque é muito bizarro uma criança de sete anos sozinha — acho que sequer posso chamar o Grover de meu responsável —, num país estrangeiro e ainda acompanhada por um homem metade asno. Mas não tão bizarro quanto você aparecer em todos os telões da Times Square sequestrando um pônei azul de uma criança mimada que tem meleca escorrendo pelo nariz e que faz um gigantesco escândalo colocando Nova York inteira atrás de você.

É, acho que meu lugar no Tártaro tá muito bem reservado...

No Brasil temos uma expressão que vou usar nesse momento: onde é que fui amarrar meu burrinho?

Ah é, talvez foi quando meu professor favorito tentou me comer? Ou foi quando ajudei Grover a escapar de levar uma surra dos valentões do nono ano, o ajudando a pular o muro da escola? Ou foi quando joguei meu pote de tinta vermelha na minha professora de artes, porque de repente ela apareceu com dentes pontiagudos e tentou me devorar?

Enfim, foram muitas roubadas que me meti sendo apenas uma criança de sete anos. Eu poderia culpar meu TDAH por ser tão inquieta e agitada como se tivesse bebido todos os energéticos do mundo com café, mas a verdade é que tenho o dom de me meter em situações complicadas sem sequer saber como foi que me meti nisso.

Eu, sei, sou sábia demais para usar realmente as melhores palavras para contar minha vida sendo que tenho apenas sete anos. A verdade é que sou superdotada, sim, eu sou uma completamente nerd que tem um cérebro tão grande que mal cabe na minha cabeça. E sou viciada em café e resolver problemas matemáticos do terceiro ano.

Ah e eu estou no sexto ano do fundamental, isso graças ao meu gigantesco cérebro.

Todos na minha sala têm entre onze e doze anos, mas, eu tenho sete. Os professores ficaram tão impressionados com o meu cérebro super desenvolvido e anos luz a frente da minha turma do primário, que decidiram me fazer "avançar" de turma. O que resultou na minha entrada no fundamental.

Ascensão ──  𝐏𝐉𝐎/𝐇𝐃𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora