LIVRO 1 DA SÉRIE IMPLACÁVEIS
Após descobrir o que motivou o marido a pedi-la em casamento, lady Evangeline Cavendish vê-se obstinada a odiá-lo para o resto da sua vida, focando a sua atenção na sua filha Grace, o único motivo pelo qual sente que val...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Tudo se encaminhava num rumo favorável aos objetivos impostos. O edifício foi comprado para albergar a futura boutique, sendo que se encontrava em ótimas condições, tudo o que Evangeline pretendia fazer era mudar a decoração do local.
Dorian e James garantiram um carregamento de tecidos para a modista e aquilo deixou-a eufórica, mesmo já contando com isso. Porém ambos sabiam que mesmo sendo um projeto seu, não seria ela a dar as caras e lorde Spencer prometeu o seu silêncio e lealdade, e aquilo sensibilizou-a.
Os preparativos para o baile de aniversário de Dorian estavam praticamente finalizados, os convites já foram enviados, sendo que Evangeline garantiu que nenhum convite chegasse à baronesa de Westphalen. Decidiu não estender a sua adversão à marquesa de Boneville, visto que a mesma tem mantido uma atitude bastante passiva, para não falar nula, com relação ao seu casamento com o duque, de maneira que decidiu dar-lhe o benefício da dúvida.
Com tudo encaminhado, decidiu concentrar-se noutro assunto, ainda remetendo ao aniversário de Dorian. Queria que ele voltasse a apreciar a data, e iria tornar o dia memorável para ele a partir do momento em que acordasse.
Bendita a sua mente geniosa.
Mesmo que diversos fatores positivos pairassem na sua vida, muitos outros assuntos a preocupavam, como o seu acidente, por exemplo. Duas semanas depois e ainda não havia surgido uma única pista que indicasse o culpado, e como se não bastasse isso, o ocorrido fez com que adquirisse um forte receio de andar a cavalo. Desde então ainda não havia tido coragem para sequer se aproximar das cavalariças, algo que a frustrava pois sempre adorou praticar equitação.
Dorian dizia para não se preocupar com isso, que o medo que adquiriu era compreensível e até esperado, mas que com o tempo tudo iria se consertar. Esperava que ele tivesse razão.
Porém um bálsamo de relaxamento foi a visita da sua mãe, que colocou um sorriso no seu rosto como sempre acontecia quando ela estava por perto.
- Eu disse que quando voltasse iria exigir explicações, portanto, conta-me tudo sobre a tua reconciliação com o duque. - Lora Borton não perdeu tempo, decidiu ir direta à fonte da sua curiosidade.
Evangeline corou ao imaginar o momento de maior destaque da dita cuja noite. Algo que definitivamente iria ocultar.
- Assim que regressarmos do baile dos marqueses Vermont decidi pedir satisfações, e as obtive. Depois de saber os seus motivos, decidi perdoá-lo pois compreendi-o e senti o seu arrependimento pela omissão. Ele fez o que fez para preservar a sua maior fonte de memórias maternas sob o seu poder, impedindo que Erin lhe deitasse as unhas.
- O que Erin tem a ver com o assunto? - inquiriu a condessa com a testa franzida, bebendo um gole de chá em seguida.
- Seria para ela que o palacete e uma parcela da fortuna ficariam se Dorian não cumprisse a exigência do pai. Como ele sabia que Erin iria fazer questão de destruir tudo o que lady Liz mais estimou, ele cedeu à exigência mesquinha do falecido duque, impedindo que a memória da mãe se perdesse, ou acabasse destruída por quem tanto a desprezou.
