capítulo catorze

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Ainda no escuro, percebeu que estava em movimento. O balançar de seu corpo era a resposta que precisava para entender que não estava mais em sua cama, ou talvez estivesse dentro de um sonho. Ao tentar levar suas mãos até sua cabeça percebeu que estavam amarradas.

Precisava abrir os olhos mas não conseguia. O peso de suas pálpebras era demais para ele naquele momento.

Sua garganta estava seca, tentou fazer com que qualquer som saísse de sua boca, mas foi em vão.

Conseguia sentir que estava em perigo, as memórias de apenas alguns minutos atrás (ou talvez fossem horas, como saberia?) voltando à sua mente. O alto estrondo que escutou de madrugada, o corpo de Namjoon se desvencilhando do seu e imediatamente se sentando na cama assustado. Seokjin fazendo o mesmo, logo em seguida.

Ouviram o grito de Yoona vindo de fora do quarto e Seokjin já estava levantando da cama para correr até sua mãe, mas a mão de Namjoon em seu braço o impediu de correr. O mais velho tentou se soltar, em resposta o bruxo levou seu dedo indicador até a boca pedindo silêncio.

Seokjin já conseguia sentir as lágrimas formando em seus olhos, o grito de sua mãe ainda se repetia em sua cabeça. Ele queria sair dali o mais rápido possível, mas percebeu Namjoon em posição de ataque e em seu processo de canalizar sua magia. Quando sentiu que era suficiente, trouxe o corpo de Seokjin para perto de si e colocou seu corpo em frente ao corpo de seu namorado. Como uma forma de escudo.

Quando Seokjin pensou em protestar, a porta de seu quarto já estava sendo arrombada e avistou cinco pessoas com armas entrando no local. Três mulheres e dois homens, ele percebeu. Todos de terno e apontando suas armas na direção do casal.

Sabia que seu namorado era forte, mas não havia qualquer chance onde Namjoon venceria contra balas sendo disparadas contra ambos. Só precisavam de um disparo para que um deles estivesse no chão sangrando e morrendo gradualmente. Seokjin não aguentaria ver Namjoon machucado, e calmamente levou sua mão ao braço de seu namorado que já conseguia entender a mensagem que o mais velho queria dizer.

— Quem mandou vocês aqui? — Seokjin teve a ousada ideia de perguntar.

— Você vai descobrir assim que vier com a gente. — Uma das mulheres respondeu, seu olhar era desafiador e causava calafrios em Seokjin.

— O que fizeram com a minha mãe?

— Ela está bem. Já está na van. — Dessa vez a resposta veio da mulher mais baixa, seus cabelos eram curtos e tingidos de loiro, ao contrário das outras duas que eram um pouco mais altas com os cabelos pretos.

Namjoon vira sua cabeça na direção de Seokjin e tenta passar qualquer tipo de conforto através do olhar. Sabia que não tinham outra opção no momento, ou eles seguiriam as ordens daquela gente que provavelmente fora enviada a mando de Donghee, ou morreriam com uma bala na cabeça.

Assim que passou pela porta, sentiu um forte aperto em seu braço, era a mão de um dos homens que o conduziam para fora de sua casa. Olhando para o lado, viu que faziam a mesma coisa com Namjoon e Seokjin queria gritar pedindo para que não o machucasse.

Antes que pudesse gritar, outra mão já estava sendo pressionada em frente ao seu rosto com um pano, e mesmo que tentasse se debater e se soltar não conseguia pois a droga já fazia efeito em seu corpo e sentia seus membros amolecendo e o sono pesado atingindo seu corpo.

A última coisa que viu antes de desmaiar foi a forte luz da magia de Namjoon que lançou um dos capangas de Donghee para fora da casa, derrubando o homem no chão e o apagando por completo.

Mesmo dentro da van, tentava se concentrar em qualquer barulho que pudesse escutar. Sua visão não estava ao seu favor naquele momento, mas ainda possuía sua audição e tentaria usá-la ao seu favor. Precisava saber se sua mão estava realmente ali, se Namjoon havia conseguido escapar.

What Auras Can Tell • [namjin]Onde histórias criam vida. Descubra agora