Rei do Submundo - PAUSADO

Capítulo 6

Olá, amores da minha vida!

Que cheirinho de meta batida é esse aqui? Caramba, em! Mais de 600 comentários no capítulo 5, se continuarem assim, vou ter que começar a aumentar essa meta...

Agora, vou repetir as perguntas que não querem calar: QUEM É SIENNA? ELA VAI APARECER NO LIVRO?

Não sei... Será? Só lendo para saber, hahaha.

Beijos e vamos ao capítulo <3

Eu cresci no meio de um grupo razoavelmente grande de amigos. Se fosse parar para contar, diria que apenas Anna era a mais especial entre eles, pois era ela que ouvia quase todos os meus segredos e era comigo que ela também se abria. Todo o resto, apesar de considerá-los como amigos, estavam presentes na minha vida apenas porque era conveniente. Precisava ser sincera comigo mesma e admitir que era fácil conviver com eles, pois não desagradava o meu avô e eu não me sentia sozinha. Era bom ter companhia.

Mas foi ao lado de Tyler que me senti verdadeiramente acompanhada. Dei-me conta disso ao notar como a conversa entre nós dois fluía de maneira fácil. Quase não sobrava espaço para o silêncio, mas, quando ele surgia, era confortável. Parecia que éramos amigos há muitos anos e não há poucos dias.

— Você tem algum outro sonho, Tyler? Além de ser independente e cuidar da sua mãe? — perguntei depois de alguns segundos calada.

— Eu costumo organizar a minha vida em blocos, sabe?

— Como assim?

— Só começo a traçar um novo objetivo quando consigo alcançar o último que criei em minha cabeça. Por exemplo, meu último objetivo era arrumar um emprego, o novo é ter dinheiro suficiente para poder tirar o meu padrasto de casa.

— Ele é tão ruim assim?

— Você nem imagina — murmurou com um sorrisinho de escárnio.

— Ele bate em você?

— Acho que hoje em dia ele tem medo de vir para cima de mim, pois sabe que me tornei muito bom em revidar.

Fiquei muito mal ao ouvir aquilo. Nenhuma criança merecia viver em um lar violento e ser constantemente ameaçada ou agredida. Olhando para Tyler, tudo o que eu conseguia imaginar era um menino pequeno e de olhos azuis temendo sofrer nas mãos de um homem cruel.

— Sinto muito, Tyler — falei, tomando sua mão na minha. — Acho que poucas pessoas imaginam o que realmente acontece dentro da sua casa. Se soubessem, tenho certeza de que fariam algo para te ajudar.

— Eles não fariam, porque não se importam, Hope — falou, mas não senti pesar em sua voz. Um suspiro escapou dos seus lábios. — Mas eu não ligo para isso, nunca precisei da ajuda de ninguém dessa cidade quando era um moleque, não é agora que irei precisar. Um dia, vou deixar tudo isso aqui para trás e nunca mais pisarei em Rosary.