Capítulo 9

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Opa! Que gostinho de meta batida! Hahaha.

Como vocês estão, meus amores? Espero que bem. Antes de irmos ao capítulo, me deixe perguntar: quem aqui vibrou com Tyler dando uns socos em Ethan? 

Eu estou me sentindo com a alma lavada! E olha que nosso Tyler ainda nem é o Rei do Submundo, em! Ethan que se cuide, hahaha.

Vamos capítulo? A história vai tomar um novo rumo a partir de agora...

Beijos! <3

Beijos! <3

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Passei a tarde toda tentando me concentrar no livro que havia pegado na biblioteca ao chegar da escola, mas minha mente estava ocupada demais repassando imagens de Tyler em minha cabeça. Depois da conversa que tivemos ao sair do colégio, fiquei puxando em minha memória os anos que estudamos juntos, quando éramos mais novos. Não conseguia me lembrar com exatidão de quando o vi pela primeira vez, mas me lembrava que nem sempre ele foi tão deslocado. Quando criança, Tyler parecia ter amigos, mas conforme foi ficando mais velho, acabou se tornando solitário. Sempre tive certa curiosidade sobre ele, mas nunca cheguei perto o suficiente para conversar ou para observar o que ele parecia esconder.

Agora, depois da nossa conversa, finalmente entendi que Tyler não escondia nada, as pessoas — e isso me incluía — que simplesmente não se importavam em prestar atenção nele, em tentar descobrir o que acontecia dentro da sua casa, se ele sofria algum tipo de abuso, abandono ou fome. Quantas crianças estariam na mesma situação que a dele nesse momento aqui em Rosary? Por que ninguém se importava com elas? Como podiam ignorar algo tão grave? Doeu em meu coração saber que Tyler estava acostumado a ficar sozinho em casa, pois passava por esse tipo de situação desde quando era um garoto de apenas sete anos. Como ele podia tomar conta de si mesmo nessa idade? Como uma mãe era capaz de fazer isso com um filho?

Sentia-me revoltada com essa situação, pois, mesmo sem ser mãe, tinha a certeza de que não abandonaria o meu filho por nada no mundo, ele seria a minha prioridade, cuidar dele, dar amor e carinho, certificar-me de que estava bem e alimentado, sendo educado para ser uma boa pessoa, seria o meu objetivo de vida. Por sorte, Tyler não tinha nenhum desvio de caráter, caso contrário, deixado a própria sorte por sua mãe irresponsável, ele poderia ter se tornado tudo de ruim que falam dele pela cidade.

Decidi deixar o livro de lado e fui me ajeitar para o jantar, sem um pingo de vontade de escutar a conversa de meu avô e Andrew sobre trabalho e os murmúrios de concordância da minha avó. Estava cansada daquela rotina enfadonha que tinha em casa e mal via a hora de poder ir logo para a faculdade e me afastar um pouco dos meus avós. Pensar nisso me fez questionar o que Tyler faria quando saísse da escola. Algo me dizia que ir para a faculdade não estava em seus planos e senti meu coração ficar apertado com medo de perder contato com ele quando eu saísse de Rosary para estudar.

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