Oi, meus amores do submundo!
Quem aqui quase morreu de calor com aquele primeiro beijo? Olha, se o beijo foi daquele jeito, imagina a primeira vez... Hahahaha.
Vamos ao capítulo de hoje?
Beijos 💜Eu já havia perdido as contas de quantas vezes havia visitado o terraço desse prédio nos últimos dois anos. Esse lugar acabou se tornando o meu refúgio, uma espécie de "porto seguro", onde eu podia me esconder e ficar algumas horas longe da loucura que era a minha vida. Às vezes, eu me sentava e deixava a minha mente viajar, começava a imaginar que eu era um garoto normal, que tinha uma mãe normal e um pai presente, uma casa confortável e comida dentro da despensa, em outros momentos, eu era forte e tinha grana suficiente para dar um chute no rabo do meu padrasto, mandava-o para bem longe das nossas vidas e conseguia colocar minha mãe em uma clínica de reabilitação. Eu tinha um bom emprego, conseguia uma nova casa bem longe de Rosary e recomeçava a minha vida.
No começo, esses eram apenas desejos bobos, mas que foram criando força dentro de mim conforme fui ficando mais velho. Sabia que jamais teria uma família normal, mas podia arrumar algum emprego e expulsar John de nossas vidas. Essa convicção foi se fortalecendo a cada vez que pisava nesse lugar e era sempre para cá que eu vinha quando sentia vontade de traçar um novo plano, ter novas ideias ou apenas reencontrar a minha força para continuar a encarar o meu presente e lutar por um futuro melhor.
Esse prédio abandonado era o meu lugar, onde eu acreditava que coisas impossíveis poderiam acontecer em minha vida. Esse era o sentimento que eu tinha até o dia de hoje. Agora, com Hope em meus braços, o sentimento genuíno havia dobrado de tamanho e se transformado em certeza.
Aproximar-me de Hope fazia parte do pacote de "coisas impossíveis". Eu era fascinado por ela há mais tempo do que poderia contar, então, era óbvio que já havia criado situações em minha cabeça onde nos aproximávamos e nos tornávamos amigos, no entanto, nunca imaginei que isso poderia, de fato, acontecer, mas aconteceu. Não sabia exatamente o que o destino reservava para nós dois quando nossos nomes saíram juntos no sorteio realizado pela Sra. Menfield, mas certamente não fui tão longe ao achar que, um dia, teria o privilégio de ser algo mais do que seu colega, muito menos seu amigo.
Beijar a sua boca? Porra, acho que isso ia além do pacote de "coisas impossíveis", já era parte de algo "inimaginável". Mas aconteceu. Aconteceu e eu ainda não conseguia acreditar. Parecia que eu podia voar, tocar o céu ou qualquer merda assim, pois, por dentro, minha alma estava em êxtase, meu coração estava repleto de algo parecido com alegria. Eu estava emocionado e cheio de vontade de beijá-la de novo... De beijá-la para sempre.
— Você disse que vai começar a treinar na segunda-feira... E o seu trabalho na loja de conveniência do posto de gasolina? — Hope perguntou sem me olhar.
Ela estava sentada entre as minhas pernas, com as costas encostadas em meu peito, olhando para as estrelas que começavam a despontar no céu. Havíamos deixado o assunto das lutas para trás, mas eu sabia que o tema ainda estava no fundo da sua mente, como se estivesse esperando apenas uma oportunidade para ressurgir.
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Rei do Submundo - PAUSADO
RomanceSinopse "O maior. O melhor. O invencível. Com vocês, ele, o Rei do Submundo!" Aos vinte e cinco anos, Tyler Scott é o diamante lapidado das lutas clandestinas. Venerado e imbatível, todos acham que ele já conquistou tudo o que queria, mas poucos tin...