Símbolo

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●°●°●°●°●°●°●°●°Ellora●°●°●°●°●°●°●°●

Emergi, puxando o ar que entrava com relutância em meus pulmões, ainda sentada no chão frio, na Corte noturna. Mas eu não estava sozinha, elas deslizaram pelas minhas costas, e eu estiquei as asas, a sala escureceu quando as penas começaram a sugar a luz das velas, fechei-as novamente. As sombras deslizavam ao meu redor, e eu deixei que seus sussurros alegres levassem para o fundo as lembranças de uma cela distante. Mas com o fim de uma lembrança outra surgiu, e eu me perguntei onde Lucien estava, me perguntei se ele se quer sabia que eu estava em Prithyan, lembranças de Vassa convencendo Jurian a dançar com ela um ritmo tradicional das festividades humanas, enquanto Lucien e eu, estirados no sofá e embriagados, riamos descontroladamente. Me deixei sentir saudades, de Jurian e seus monólogos intermináveis sobre qualquer tipo de objeto que possa ser usado para matar, de Lucien e sua forma ridiculamente elegante de fazer até mesmo a mais idiota atividade, de Vassa com seu profissionalismo em deixar um guerreiro desconcertado. A meses eu não tinha noticias deles.

Estava em uma missão ao sul quando o senti, o medo tomou conta de mim e meu poder se retraiu, dias depois ouvi os rumores sobre um grupo de feéricos com capuzes azul marinho fazendo perguntas estranhas. Mandei cartaz, diagramas, sombras, mas nenhum deles respondeu, fiz os meus planos e decide voltar, usar um barco seria perigoso apesar de me garantir uma viajem mais rápida até a torre perto da muralha destruída, onde eles haviam se estalado desde o fim da guerra, quatro anos atrás, por isso resolvi ir voando, mas quando descobri que estava sendo seguida tudo mudou, quando a flecha acertou minha coxa e comecei a despencar do céu o pensamento em minha mente não era na queda mortal, ou em meus amigos que se tornaram minha família, não eram na cela escura que eu estava prestes a ver novamente, não, eu só conseguia pensar em como gostaria de vê-lo, pelo menos uma vez, mesmo que ele não saiba quem ou o que eu sou.

●●●●●●●●●●●●●Azriel●●●●●●●●●●●●●

Escondido nas sombras do telhado, observei Velaris, a cidade nunca parava, moradores acordavam para viver sob as estrelas, enquanto outros iam dormir. Eu sabia que eles não fariam perguntas, que me dariam espaço até que eu estivesse pronto para falar com eles, mas eu não falaria, eles já tem problemas demais para resolver não preciso empurrar para eles os meu também.

Voltei a folhear os relatórios e outras cartas em minhas mãos que eu deveria avaliar antes de entregar a Feyre, a textura áspera das cicatrizes raspando contra o papel ainda me irritava mesmo após tanto tempo, nenhum dos relatórios pertencia aos espiões nas terras mortais, deixei eles de lado e voltei minha atenção as cartas, contratos para assinar, convites de festas, um convite de Helion para uma visita a Corte Diurna, e então lá estava...

Uma carta de papel comum, mas os símbolos marcados na carta chamou minha atenção, quatro imagens, cada uma delas com uma cor; Uma espada preta, uma fênix vermelha, uma máscara de raposa laranja e um raio azul.
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529 palavras

Amanhã não vai sair capítulo novo.

A Corte de Sombras e Verdades- AzrielOnde histórias criam vida. Descubra agora