Kyanite

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ELLORA

Entramos no quarto alugado, ele era pequeno e tinha o essencial, uma cama de casal e uma mesa de cabeceira apenas, o banheiro também era apertado, e as asas de Azriel mal cabiam lá dentro. Estudamos o lugar e que quando cheguei a conclusão que era seguro empurrei Azriel contra a parede e comecei a beija-lo.

"Ei! acho que você me entendeu errado, não era para isso que queria um lugar reservado." Olhei para ele confusa, enquanto ele sorria descaradamente. "Minha intenção é conversar, porque percebi que sei pouquissimas coisas sobre você, esse reino e o maldito plano que você parece estar seguindo e eu faço parte." Ele beijou minha cabeça e me guiou até a cama.

"Por onde você quer começar?" Perguntei um pouco irritada.

"Que tal por, por que era tão importante vender aquele anel por um preço mixuruca?" Ele me puxou para perto, ficamos costas contra peitoral e ele afagou meus cabelos.

"Tem parte de uma sombra escondida dentro do anel, e a outra está aqui conosco." Comecei a explicar, pausei para que ele fizesse alguma pergunta mas o mesmo se manteve calado, esperando. "Passamos pelo joalheiro e ele parecia estar muito bem de saúde, tenho absoluta certeza que ele venderá a joia a ele."

"Então você quer vigiar o joalheiro?" Ele perguntou confuso.

"É uma jogada arriscada, mas aquela pedra é uma Kyanite, também conhecida como O Olho Da Sereia, os antigos acreditavam que quando uma sereia morria e seu corpo se desfazia e sobravam apenas seus olhos cristalizados. São raras e difíceis de indentificar se não tiver conhecimento, poder se facilmente confundida com um topázio, mas o joalheiro vai identificar e vai oferecer à unica pessoa nesse reino que é capaz de pagar por ela." O rosto de Az estava um pouco pálido e seus olhos arregalados em uma surpresa genuína . "Por sorte alguns daqueles que são ligados a ele vão aparecer aqui amanhã."

"E como você conseguiu ela?" Ele perguntou desacreditado.

"Roubei algumas coisas de Hybern na minha fuga, estava o segurando porquê sabia que talvez aquela coisa maldita fosse útil um dia, Lucien trouxe para mim e eu sabia que o momento tinha chegado." Respondi calmamente.

"E não passou pela sua cabeça que também seria útil me deixar informado sobre isso? Que merda, Ello! eu poderia ter acabado com tudo." Ele parecia mais inseguro que irritado.

"Mas não estragou, você foi ótimo. E isso não justifica eu não ter falado, é só que não estou acostumada com isso mas vou te contar tudo." Tentei tranquiliza-lo. "Vamos tomar um banho, te conto durante, e depois vamos descansar, quero ver o que faz eles temerem a noite." E eu contei, cada minimo detalhe, ele não disse mais do que algumas palavras de aprovação e sugestões para tapar algumas brechas.

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Quando terminamos nossos banhos, separados por não haver espaço para os dois, apenas nos deitamos e não dissemos uma única palavra até acordarmos horas mais tarde.

"Quantos anos você tem e quando faz aniversário?" Eu ri da sua pergunta, pela a Mãe ele tinha razão, não contei nada.

"Quando fui levada tinha completado 600, agora eu tenho 631 talvez um pouco mais, ou menos. Ah e nasci no dia 17 de setembro" Azriel se encolheu um pouco ao perceber quanto tempo passei presa naquela cela.

"Minha parceira é uma anciã." Ele comentou e eu dei um tapa em seu braço, mas não consegui segurar a risada. "E quantos anos você tem?"

"538, sou bem maduro para a minha idade." Ele fala, o que me arranca um riso. "Meu aniversário é em outubro, mas minha mãe não se lembra do dia porquê meu progenitor estava mantendo ela escondida a dias, então Cassian simplesmente escolhe um e comemoramos neste dia."

"Cassian ainda é um pouco receoso comigo, é uma pena porque gosto bastante do desgraçado." Eu falei e senti o alívio e felicidade pelo laço, como qualquer irmão ficaria ao saber que a namorada gosta da sua família.

"Cassian é um gato arisco, continue dando comida e ele vai acabar rolando nos seus pés." Foi minha vez de rir. "Por que torceu o nariz quando Haley falou das moedas?" Ele perguntou o que ele parecia querer perguntar desde que saímos da taverna.

"Não pelas moedas e sim pelo nome delas, não ouvia esse nome ser dito por outras pesoas a muito tempo. Tinha me esquecido como era a sensação." Ele me apertou mais contra si, estavamos deitados e meu rosto estava encostado em seu peito, parecia me incentivar a continuar. "Eles me chamavam de muitas formas, A Benção e até mesmo de Santa, mas Raamiah era o mais usado e o unico que eu gostava, quando criança odiava por que parecia peso demais para mim, mas aprendi a entender o amor que aquela palavra carregava. Na antiga língua dos feéricos significa algo como "Deusa das tempestades."

"Raamiah." Ele falou, como se testasse a palavra. "Gosto do nome."

"Quando conquistarmos Vallahan, você vai trazer sua mãe para morar aqui?" perguntei, me desviando do assunto.

"Ela não iria querer, venho tentando convence-la a morar mais próxima da cidade mas ela se nega a deixar a primeira casa que comprei para ela." Era lindo ver como seu corpo estava relaxado naquele momento.

Minha mão subiu por dentro da camisa folgada, acariciando de leve, deixei pequenos beijos em seu pescoço enquanto a mesma mão descia pelo seu corpo até a baguilha de sua calça. A respiração de Azriel se tornou pesada e espaçada, e enquanto eu o acariciava ele soltava gemidos e suspiros que faziam meu corpo queimar de desejo. Ele tirou minha mão e então rapidamente se despiu.

Enquanto me beijava intensamente suas mãos trabalhavam, e sua boca saia da minha apenas para xingar cada peça de roupa em meu corpo. Meu corpete idiota, meu vestido idiota, e minha roupa intima deliciosamente idiota. Azriel me tocou com suas mãos, me penetrou com seus dedos, sua língua e seu pau. Não parecia o suficiente, eu queria mais dele mesmo quando nós dois estavamos tremendo e ofegantes, nunca seria o suficiente.
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Capítulo curtinho com um momento raro deles relaxados e rindo, aproveitem.

Ps:Amei demais essa imagem do começo, a de qual capítulo é a preferida de vocês?

A Corte de Sombras e Verdades- AzrielOnde histórias criam vida. Descubra agora