Amor

4.2K 453 144
                                    

●°●°●°●°●°●°●°ELLORA●°●°●°●°●°●°●°●

   Os raios solares entraram no quarto, me tirando do meu sono tranquilo, senti o calor contra minha bochecha, a palma da minha mão, a frente do meu corpo, ao redor da minha cintura e entre minhas pernas.
   Abri os olhos, e compreendi, eu estava quase completamente em cima de Azriel, minha bochecha estava em seu peitoral nu, as tatuagens eram como sombras, e minha mão repousava em seu abdômen, os músculos firmes me tentando a alisar e admirar, seu braço estava em volta da minha cintura nua,  seus dedos tocando a parte superior da minha bunda, a camisola cinza e fina tinha subido quase até a altura dos seios, e eu não usava nada por baixo, o que me lembrou de outra coisa, de outra parte de meu corpo que estava em contato com o dele, sua coxa nua, por conta dos shorts que ele usava, estava pressionada contra as minhas...suspirei, e calor me inundou.

  Pelo maldito caldeirão, se ao menos tivesse uma forma de me afastar sem que ele acordasse, sem que o cheiro da minha excitação o acordasse. Quando meus olhos saíram do ponto onde sua coxa tocava em mim e foram para seu rosto, eu percebi que era tarde de mais, por que Azriel havia acordado e encarava o mesmo ponto que eu olhava segundos antes, e a fome primitiva que brilhava nos olhos âmbar me fez estremecer. Pouco a pouco ele olhou para o meu rosto, como se tudo nele estivesse em conflito, como se fosse um esforço enorme desviar os olhos de onde nos tocávamos, eu devia estar vermelha como uma pimenta, mas não me movi. Puta merda! Eu nem mesmo tentei me cobrir.

"Azriel." O seu nome era um chamado, um pedido, um aviso eu não sabia muito bem...

  Ele continuava me olhando, a fome em seus olhos parecia maior, e eu senti não apenas o cheiro de sua excitação mas também a senti contra minha pele, e meu corpo queimou em resposta. Praguejei e me xinguei mentalmente quando meus extintos me levaram a ir em direção ao seu toque, e eu gemi, mordendo o meu lábio como se isso pudesse segurar o som abafado.

  Ele se moveu rápido, em um segundo ele nos girou, uma de suas mãos segurava meus pulsos acima de minha cabeça, a perna ainda tocando aquele ponto muito sensível entre minhas pernas, sua outra mão segurava minha cintura.

"Merda!" Ele disse, sua voz estava ainda mais grave que o comum. "Preciso que você fale, Ellora, eu preciso...Merda!"

'Sim." Eu disse com um suspiro quando me movi outra vez. "Sim, por favor."

  Seus lábios não foram gentis, o beijo foi exigente, e eu respondi a ele da mesma forma, gememos juntos quando nossas línguas se encontraram e seu gosto invadiu minha boca. Então aqueles lábios foram até o lóbulo da minha orelha, e eu arqueei a coluna, sua mão livre espalmou meu seio por cima do tecido fino, seus beijos desceram mais, pela minha mandíbula, meu pescoço, clavícula, ombros, soltando meus pulsos ele segurou a camisola e a puxou para cima com pressa. Eu sabia que não seriamos calmos e monótonos, que a sua máscara tinha caído e que ele seria exigente em cada beijo, em cada impulso para dentro de mim, e eu iria responder suas exigências e faria as minhas.

   Sua boca provou a pele acima do meu seio, e sua mão pressionou o outro, agora não havia nada entre sua palma e minha pele, seus lábios desceram mais, e eu apertei os lençóis quando ele  chupou, mordiscou e lambeu. Meu corpo queimava e pedia por mais, e eu sabia que o mesmo ocorria com ele, que ele estava se segurando. Então com um movimento nos virei, e fiquei acima dele, o desgraçado olhava para mim com a típica arrogância masculina, porém quando minha mão o tocou por cima do tecido o seu sorriso sumiu, e foi minha vez de sorrir arrogantemente, deslizei a mão novamente, maravilhada com o seu comprimento e com a sensação mesmo com o tecido...

Toc toc toc, o som de batidas na porta chamou nossa atenção, tanto eu quanto Azriel olhamos para ela com espanto, e então eu saí de cima dele, caçando no chão a minha camisola.

"Onde infernos?!" Praguejei baixo.

"Aqui." Ele a jogou para mim, e seu olhar demorou um pouco em meu corpo, e então em minha mandíbula, pescoço e seios, quando seu rosto se contorceu um pouco, olhei para o espelho.

"Puta merda! Caralho Azriel, sério?" Não me importei com as palavras sujas que saíam da minha boca, havia marcas vermelhas e roxas por toda a extensão de minha mandíbula e seios.

"Achei que se curava rápido." Ele justificou, e outra batida soou.

"Vocês vão se atrasar." Congelei, a camisola não fez nada para cobrir as marcas.

"Vocês?" Questionei, a voz o mais sem emoção possível.

"Azriel não está no quarto dele, mas o cheiro dele está aqui, eu não tô nem ai eu só quero que se apressem." A voz de Cassian era exigente, porém era quase como se eu pudesse ouvir o sorriso idiota que deveria estar estampado em seu rosto agora.

"Sairei em estantes, mas sinto dizer que vai ter que procurar por seu encantador se sombras em outro quarto." Eu disse e o cheiro de sua diversão aumentou. "Sugiro olhar  embaixo das suas cobertas Cassian, talvez ele ainda esteja esperando por você."

  O macho grunhiu, mas não disse nada, e senti quando ele foi embora.

"Eu posso me curar rápido, seu morcego idiota, mas eu preciso estar ferida para isso, e chupões não contam como machucado, meus poderes são puro extinto eles não...esta é uma marca de reivindicação, e ele não tocará nela nem que eu o mande fazer."

  Ele se aproximou mais de mim, tão perto que compartilhamos a respiração, e então ele disse, sua voz baixa e grave.

"Então parece amor, que você está reivindicada até que as marcas desapareçam, até lá..." Ele deixou a fala inacabada, mas eu entendi, até lá eu era dele.

   Encostei nossos corpos, então segurei seus cabelos e trouxe seus lábios aos meus, o beijei profundamente, então puxando sua cabeça para trás expus sua jugular, e dei um beijo suave, antes de puxar a pele para minha boca, ele suspirou. Quando retirei os lábios, uma marca igual aquelas em meu corpo agora estava em seu pescoço, e ele me olhava incrédulo.

"Até a marca sumir, Amor." Andando até a câmara de banho deixei que ele me visse desfilar com a camisola curta. "E antes que eu esqueça, escolha outro apelido, apenas eu uso este desta forma...está claro?"

"Como água." Seu sorriso viperino era um reflexo do meu.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
1114 palavras

Não vou nem falar nada só soltei aqui e tô saindo🏃‍♀️

A Corte de Sombras e Verdades- AzrielOnde histórias criam vida. Descubra agora